Maradona diz que não falou com excluídos para não ser insultado
O técnico da seleção argentina, Diego Maradona, disse que não se comunicou com os jogadores que ficaram fora do Mundial para não ser insultado e que a decisão mais difícil para fechar a equipe foi excluir o atacante Ezequiel Lavezzi.
Na quarta-feira, Maradona anunciou os 23 jogadores que irão ao Mundial da África do Sul, onde a seleção integrará o Grupo B junto a Nigéria, Coreia do Sul e Grécia. Alguns jogadores excluídos disseram que Maradona não telefonou para eles para explicar por que não foram chamados.
"Iam me insultar", disse Maradona nesta quinta-feira ao entrar no campo de treinamento da Associação de Futebol Argentino (AFA).
Aos 17 anos, Maradona sofreu um duro golpe quando o técnico César Luis Menotti o exclui do grupo que ganhou pela primeira vez a Copa do Mundo, em 1978, na Argentina.
"Entendo todos. É muito difícil falar porque eu tinha vontade de insultar Menotti quando me deixou fora e o mesmo devem sentir os jogadores que ficaram de fora (...) É uma pena porque há jogadores que mereciam entrar, mas é preciso escolher 23", declarou.
"Me doeu ter que deixar Pocho Lavezzi de fora", completou.
Maradona, de 49 anos, divulgou na quarta-feira os 23 atletas que defenderão a Argentina na Copa, excluindo os jogadores da Inter de Milão Javier Zanetti e Esteban Cambiasso, e o atacante do Napoli, Lavezzi, entre os 108 que convocou desde que assumiu a equipe, no fim de 2008.