Organizadores da Copa fazem campanha para compra de ingressos
Os organizadores da Copa do Mundo lançaram uma campanha nesta sexta-feira para convencer os sul-africanos a comprarem cerca de 500 mil ingressos restantes, depois que a demanda europeia por bilhetes ficou abaixo das expectativas.
A preocupação com a criminalidade e o custo alto comprometeram a demanda em diversos países europeus, especialmente na Alemanha, e os organizadores afirmaram que um "número significativo" de ingressos foi devolvido, incluindo por patrocinadores.
Eles não puderam detalhar, mas disseram que a quinta e última fase de comercialização de entradas seria iniciada em 15 de abril, apoiada pela primeira vez na venda em bilheterias na África do Sul - em 11 postos nas nove cidades que abrigarão os jogos.
"Queremos garantir que a imagem que daremos ao mundo seja de estádios cheios... por isso que esta fase é tão importante", disse o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke.
Valcke admitiu que os organizadores foram lentos a se ajustar à cultura sul-africana do futebol, onde a massa de torcedores negros e pobres não tem acesso à Internet e está acostumada a comprar as entradas momentos antes do jogo.
"A abordagem inicial não foi o sistema mais amigável para a África do Sul e para os sul-africanos. Mas há sempre tempo de aprender - 62 dias (antes do torneio) é um longo período", afirmou Valcke.
"Sempre dissemos que é importante que tornemos esta Copa do Mundo mais acessível ao povo (sul-africano) e, com as vendas nas bilheterias, acreditamos que é uma medida consistente com as necessidades dos torcedores", disse o principal organizador local, Danny Jordaan.
Ainda há ingressos disponíveis para todas as partidas, com a exceção da final, e mais de 100 mil deles estarão disponíveis aos sul-africanos a US$ 20 dólares, o ingresso mais barato para uma partida de Copa nos últimos anos.