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Copa do Mundo

Por vaga na semi, Argentina faz revanche apimentada com Alemanha

3 jul 2010 - 04h22
(atualizado às 04h47)
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Fábio de Mello Castanho
Tarian Chaud
Direto da Cidade do Cabo

Com um gosto de revanche pela derrota nas quartas da Copa do Mundo de 2006, a Argentina enfrenta a Alemanha neste sábado, às 11h (de Brasília), na Cidade do Cabo, para voltar a uma semifinal de Mundial após 20 anos de ausência.

Na última vez que ultrapassaram a barreira, em 1990, os argentinos chegaram à decisão e perderam justamente para os alemães. Dezesseis anos mais tarde, as seleções voltaram a se enfrentar em uma Copa em jogo que terminou com vitória da Alemanha nos pênaltis e confusão depois do jogo.

As memórias daquele jogo seguem vivas e serviram de ponto de partida para troca de provocações antes do duelo na África do Sul. "Não podemos nos deixar levar pelas provocações dos argentinos. Sabemos como são os argentinos. Entendo que seu comportamento, o modo como gesticulam, como tentam influenciar o árbitro, falta com respeito", disse Schweinsteiger.

Os jogadores da Argentina prometeram dar a resposta em campo. O técnico Maradona começou com um discurso político, apaziguador, mas não se aguentou. "O que passa Schweinsteiger, está nervoso", disse em entrevista a uma emissora argentina.

Se fora dos campos o clima está quente, dentro a expectativa é de futebol de primeira qualidade. Até o momento a Argentina venceu seu quatro jogos na competição com um esquema que privilegia o ataque. "Seria um pecado mudar agora", disse Maradona, que manterá o mesmo time que derrotou o México nas oitavas.

A Alemanha, por sua vez, perdeu um jogo para a Sérvia na segunda rodada. Mas impressionou nas goleadas de 4 a 0 sobre a Austrália na primeira fase e 4 a 1 nas oitavas contra a Inglaterra, em partida que ficou marcada por um gol de Lampard (quando o jogo estava 2 a 1) anulado pelo juiz.

Os dois times já se enfrentaram neste ano, em partida que teve vitória argentina em solo alemão por 1 a 0 e serviu de arranque para Maradona chegar ao time que entrará em campo hoje. Porém, diferente do amistoso no qual entrou com um meio-de-campo que privilegiava a marcação, a Argentina joga agora com três atacantes, já que Tevez é titular.

"É um orgulho que Tevez defenda a nossa seleção", disse o treinador, encantado com a força de vontade do atacante. Maradona até pensou em escalar o mesmo esquema da vitória no amistoso, com Jonás Gutierrez entrando no lugar de Tevez. Mas desistiu por analisar que a Argentina hoje vive uma outra situação.

Assim como a rival, a Alemanha não vai tentar se adequar ao estilo de jogo argentino. Vai entrar em campo com o mesmo time que derrotou a Inglaterra e surpreendeu pela velocidade no ataque e marcação eficiente no meio-de-campo. O técnico Joachim Löw confia na motivação dos jogadores.

"Não vamos mudar nossa preleção. Vamos motivar time assim como fizemos contra a Inglaterra. Em dia de jogo, converso e tento ser emocional com os jogadores. Não tenho que motivar muito, pois eles estão sob pressão e com muita vontade. Não vamos perder tempo. Estamos loucos pra jogar".

Escalações prováveis

Argentina: Romero; Otamendi, Burdisso, Demichelis e Heinze; Mascherano, Máxi Rodríguez e Di Maria; Messi, Tevez e Higuaín. Técnico Maradona

Alemanha: Neuer; Lahm, Friedrich, Mertesacker e Boateng; Schweinsteiger, Khedira, Ozil e Podolski; Müller e Klose. Técnico: Joachim Löw

Para ficar de olho

Provocações: os torcedores argentinos devem aproveitar a eliminação brasileira para a Holanda na sexta-feira para debocharem dos rivais durante o jogo. Cantos devem ser entoados para lembrar do adeus brasileiro.

Jejum: Messi ainda não marcou gols na Copa e vem de sua pior atuação na África do Sul contra o México. Durante a semana teve gripe e foi poupado do último treino.

Espião e ponto débil: há sete anos atuando no Bayern de Munique, o zagueiro Demichelis diz que servirá de espião argentino já que sabe até ¿que o goleiro coloca a bola com as mãos no meio-de-campo¿. Ao mesmo tempo, ele é o jogador mais questionado e, com ironia, se auto-intitulou o "ponto débil" da equipe por ter entregado um gol contra a Coreia do Sul.

Thomas Müller: o atacante alemão virou a sensação do momento após marcar dois gols e dar passe para outro na vitória sobre a Inglaterra. Na Argentina, muitas palavras de respeito ao jogador.

Schweinsteiger: o meio-campista abriu a polêmica com a Argentina e deve receber um "tratamento especial" dos adversários durante o jogo.

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Maradona durante entrevista coletiva, antes de enfrentar a Alemanha
Maradona durante entrevista coletiva, antes de enfrentar a Alemanha
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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