"Gandula" e Alemanha massacram Argentina: veja números
- Diego Garcia
Pela segunda vez seguida a Argentina sucumbiu diante da Alemanha e foi eliminada nas quartas de final de um Mundial. Neste sábado, com um show dos atletas germânicos, a seleção europeia humilhou a equipe de Maradona por 4 a 0 e avançou à semifinal. Vitória particular de um jogador: o atacante Thomas Müller, que, segundo ele, foi confundido com um gandula por Maradona no início do ano.
Exatos quatro meses depois da vitória argentina sobre os alemães por 1 a 0, em um amistoso em Munique, o técnico Diego Maradona estranhou a presença de um menino "desconhecido" na coletiva de imprensa no lugar do treinador Joachim Löw. Era o jovem Müller, 21 anos, que afirmou no início desta semana que o argentino não o reconheceu e que ainda achou que ele era um gandula em busca de autógrafos.
Por essa razão, o camisa 13 alemão tratou de deixar seu cartão de visitas neste sábado no Estádio Green Point, ao fazer o primeiro tento de sua equipe e declarar aberto o baile da Alemanha sobre os rivais. Depois, mesmo caído e de costas para o gol, tocou para Podolski, que mandou para Klose, livre, balançar as redes.
O terceiro foi marcado por Friedrich, após bela jogada individual de Schweinsteiger, que foi eleito o melhor em campo. Klose, por sua vez, fez seu segundo na partida no finalzinho do embate e deu o golpe de misericórdia sobre a equipe alviceleste de Maradona.
Números do passeio alemão
Diego Maradona e Lionel Messi, o ídolo e a esperança do futebol argentino, respectivamente, tinham tudo para serem os protagonistas na África do Sul, mas acabaram meros espectadores de uma avassaladora seleção alemã, que massacrou com uma contundente goleada por 4 a 0.
Müller, Schweinsteiger, Klose e Podolski foram os regentes de uma orquestra que deu um show particular na Cidade do Cabo. Com uma verdadeira aula de eficiência, a Alemanha deu menos chutes a gol (18 a 20), trocou menos passes (334 a 446), não cometeu muitas faltas (14, contra 20 dos argentinos), teve menos escanteios (4 a 5) e posse de bola (46% a 54%).
Como explicar então que os alemães saíram do Green Point com um placar tão elástico, diante de um país bicampeão e que não levava quatro gols de diferença em Copas desde 1974? Números difíceis de serem cogitados quando falamos de um Alemanha x Argentina, mas não impossíveis.
Ao menos para esses alemães, que chegaram à África do Sul longe de serem os principais candidatos ao título mundial, mas em menos de uma semana despacharam dois dos maiores favoritos com duas goleadas.
Os badalados times da Inglaterra - de Rooney, Gerrard, Lampard e Terry - e Argentina - de Tevez, Higuaín, Verón e Messi - se despediram da África do Sul estupefatos e se perguntam de onde saiu o caminhão que atropelou com desprezo três taças de Copas do Mundo.
Recordes
Argentina: o revés igualou a segunda pior derrota da história dos sul-americanos em Mundiais. Em 1974, levaram 4 a 0 da Holanda e, em 1958, perderam por 6 a 1 da Checoslováquia.
Alemanha: foi a segunda vez em Copas que a seleção goleou um país que já foi campeão do mundo. A primeira foi em 1966, quando ganhou do Uruguai por 4 a 0.
Klose: atingiu a marca do ídolo e compatriota Gerd Müller e se tornou o segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 14 gols, um a menos que o brasileiro Ronaldo, dono do recorde.
Confira abaixo os números da partida entre Alemanha e Argentina, segundo a Fifa:
Chutes a gol:
Argentina - 20 (7 certos)
Alemanha - 18 (6 certos)
Faltas cometidas:
Argentina - 20
Alemanha - 14
Escanteios:
Argentina - 5
Alemanha - 4
Impedimentos:
Argentina - 5
Alemanha - 0
Posse de bola:
Argentina - 54%
Alemanha - 46%
Passes:
Argentina - 623 (446 certos - 72%)
Alemanha - 529 (334 certos - 63%)
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