"Inventor" da vuvuzela diz que Brasil vai ser vice
O homem que alega ser o criador da vuvuzela - a tradicional "corneta" usada pelos torcedores sul-africanos nas partidas de futebol - diz que o Brasil é o seu segundo favorito, logo atrás da África do Sul.
Para Saddam, a "final dos sonhos" no estádio Soccer City, no dia 11 de julho, seria entre o Brasil e África do Sul. "Mas claro que o vencedor tem que ser os donos da casa", afirmou.
Nascido em Limpopo, província rural no nordeste da África do Sul, Saddam diz ter inventado a vuvuzela quando ainda era criança, a partir de uma simples buzina.
"Eu ia ver meus amigos jogarem bola, tirava a parte de borracha da buzina e ficava fazendo barulho assoprando com a boca", conta. O nome vuvuzela, no entanto, só veio muitos anos depois, em 1992, quando um amigo já havia se encarregado de "fabricar" uma mais comprida e de plástico.
Ele contou que o nome veio por acaso, sem uma razão especial que o inspirasse."Fomos para o Zaire ver o Bafana Bafana jogar e eu era o único no estádio com a vuvuzela". Segundo Saddam, na volta desta viagem, veio a ideia de fazer o instrumento com as cores da seleção sul-africana - amarelo e verde.
Apesar de nunca ter recebido dinheiro pelo que alega ser sua criação, Saddam é bastante conhecido no país, e hoje em dia se tornou um dos personagens folclóricos da África do Sul.
"O que as pessoas que me perguntam sobre dinheiro não entendem é que eu sou um escravo do futebol. E o que eu quero é ver as pessoas se divertindo, tocando a vuvuzela por aí. Não quero dinheiro, mas quero que saibam que eu sou o dono, eu sou o pai. O nome vuvuzela surgiu comigo".
Aos torcedores que se animaram a comprar sua vuvuzela para assistir aos jogos da Copa, Saddam pede que respeitem o "código de ética" do uso do instrumento: não se pode tocar durante a execução dos hinos nacionais nem nos minutos de silêncio. "E, principalmente, nunca se deve tocar uma vuvuzela no ouvido de outra pessoa", declarou.
A Copa do Mundo começa no dia 11 de junho com a partida entre a anfitriã África do Sul e o México