Rival do Brasil, Coreia do Norte fica sem torcida no Ellis Park
- Allen Chahad
- Renato Pazikas
- Direto de Johannesburgo
Caminhar nos arredores do Estádio Ellis Park e encontrar um norte-coreano é uma das tarefas mais difíceis nas horas que antecedem o duelo do time asiático com a Seleção Brasileira nesta terça-feira, pela primeira rodada do Grupo G da Copa do Mundo, em Johannesburgo.
Apenas torcedores com as cores do Brasil são vistos do lado de fora da arena. A Seleção de Dunga conta ainda com o apoio de sul-africanos, americanos, mexicanos e até indianos, que vestem a camisa amarela na ausência de partidas de suas equipes.
Os norte-coreanos dificilmente serão representados nas arquibancadas durante o Mundial. Para sair do país, um dos mais fechados do mundo, o torcedor precisa de uma autorização do governo, que muitas vezes não está disposto a facilitar as coisas.
A Coreia do Norte mandou à África do Sul poucos jornalistas, que sequer conversam com a imprensa estrangeira, dificultando a obtenção de informações sobre o futebol da equipe, 105ª colocada do ranking da Fifa e que não vence há sete jogos.
Além disso, a preparação da seleção azul e vermelha foi cercada por muito mistério. Os treinos eram quase sempre fechados, com apenas 15 minutos liberados para imagens. Um jogador era entrevistado por dia, mas pouco dizia aos curiosos jornalistas.
A única referência ao futebol asiático do lado de fora do Ellis Park não tinha relação nenhuma com a Coreia do Norte. Dois dragões chineses, guiados por dois fãs do futebol brasileiro, animavam os torcedores fazendo propaganda para uma empresa sul-africana.
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