Torcedores e gays fazem festa em ruas de Madri
Milhares de torcedores concentrados em Madri próximo ao estádio Santiago Bernabéu explodiram de alegria quando o árbitro encerrou a partida que terminou com vitória da Espanha por 1 a 0 sobre o Paraguai, pelas quartas de final da Copa do Mundo.
O resultado, obtido graças a um gol do atacante David Villa, levou a Espanha, pela primeira vez em 60 anos, a estar entre as quatro melhores equipes de um Mundial.
Era um dia especial. As ruas de Madri reuniam uma curiosa mescla de torcedores vestidos "à caráter", com a camisa da Espanha, e outros que, com roupas mais chamativas, estavam a caminho das celebrações pelo "dia do orgulho gay" na capital espanhola.
Bandeiras com as cores do arco-íris e outras em vermelho e amarelo se misturavam no metrô de Madri nas horas anteriores ao confronto.
Quando começou o jogo, teve início o sofrimento. Unhas roídas, lábios mordidos, a apreensão estava no rosto de todos. Conseguiria a seleção espanhola se manter viva na Copa? Seria capaz de manter vivo o sonho de conquistar o título mundial? As dúvidas, uma a uma, tomavam conta de qualquer lugar em que houvesse um torcedor da Espanha.
O grito de "Eu sou espanhol, espanhol, espanhol" foi um dos preferidos pela torcida para encorajar os jogadores desde Madri à África do Sul, a mais de 8 mil quilômetros de distância.
A valente equipe paraguaia fez o sofrimento se manter no ar até os 38 minutos do segundo tempo. Foi então que Villa balançou a rede e desencadeou uma grande festa. Madri e várias outras cidades espanholas não dormirão nesta noite.
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