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"A maior injustiça que passei no futebol", lamenta Muricy

Chateado com a eliminação da Copa Sul-Americana, técnico defendeu seus comandados após a derrota nos pênaltis

27 nov 2014 - 01h29
(atualizado às 02h52)
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O São Paulo só tomou um susto durante o tempo regulamentar do jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. Amplamente superior na etapa complementar, a equipe comandada por Muricy Ramalho só conseguiu vazar o goleiro Armani uma vez nos 90 minutos e acabou superada nos pênaltis. Para o técnico são-paulino, o revés foi um dos mais injustos da sua longa carreira no futebol e não aconteceu por falta de vontade dos jogadores.

"Eu falei para eles no vestiário que podiam ficar tristes, mas não de cabeça baixa. Eles deixaram tudo que tinham que deixar dentro de campo. Hoje se você pegar do nosso goleiro aos que entraram, você não pode falar nada. Nosso time jogou bola, nossos volantes foram fantásticos. Não estamos procurando nada que deixe a gente fique confortável. O futebol tem coisas que não se explicam. A maior injustiça que eu passei no futebol foi hoje. Acho que foi o melhor meio tempo de todo ano nosso", lamentou o treinador em entrevista coletiva após a partida.

Visivelmente abatido com o resultado, Muricy estava sereno e não escondeu sua satisfação com os catorze atletas que pisaram no gramado do Morumbi. O técnico defendeu com veemência Alan Kardec, que perdeu o primeiro pênalti da decisão ao escorregar antes de chutar a bola. Segundo o comandante, o atacante é o principal batedor do elenco e estava usando travas nas suas chuteiras, o que só aumenta a infelicidade do jogador na ocasião.

"O do Kardec foi uma infelicidade. Ele tirou o goleiro, mas infelizmente escorregou. Já perdi com o São Caetano sendo que os principais batedores erraram. Não sei se existe sorte, mas pênalti é uma coisa que não devia nem exisitr no jogo, porque no segundo tempo nosso volume de jogo foi grande. Os caras deixaram tudo dentro do campo. É uma injustiça esse grupo perder. O que esses caras se dedicaram é brincadeira", desabafou Muricy Ramalho.

O treinador minimizou os efeitos da constante chuva que caiu na capital paulista nesta quarta-feira e deixou molhada e escorregadia a grama do estádio. Na opinião dele, o "piso" úmido facilitou para que seus comandados jogassem em velocidade, dando mais dinâmica à partida. Muricy lembrou que, durante a Copa do Mundo, os gramados eram molhados antes dos jogos para facilitar a trajetória da bola.

Agora o técnico do São Paulo terá como missão juntar os cacos para a partida do próximo domingo, válida pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe paulista recebe no Morumbi o Figueirense e pode garantir o vice-campeonato nacional - e a classificação direta à fase de grupos da Libertadores - em caso de vitória.

Fonte: Terra
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