Jogadores aprovam rodízio, mas divergem sobre prioridade
Técnico Milton Mendes resolveu rodar elenco, mas saiu derrotado do Estádio Beira-Rio
A derrota por 2 a 0 para o Internacional no domingo, em Porto Alegre, marcou o primeiro jogo do rodízio promovido pelo técnico Milton Mendes. Apesar do revés, os jogadores gostaram da mudança do treinador atleticano. Por outro lado, o discurso sobre qual competição priorizar ficou dividido.
O atacante Walter, que ficou no banco de reservas e entrou durante o segundo tempo como aconteceu contra o Santos, falou que está preocupado com a sequência de quatro jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro: duas derrotas e dois empates. "Se nosso time começar a perder muito, os times de baixo vão chegar e vai apertar", cobrou o centroavante.
Na 8ª colocação da Série A, o clube paranaense está bem distante de um risco de rebaixamento. A distância para o G-4, entretanto, é de apenas três pontos. Mesmo assim, o camisa 18 acredita que o torneio internacional é o melhor caminho para a sequência do ano.
"Tem que ir com calma, não adianta jogar agora e lá na frente machucar. O principal é a Sul-Americana", garantiu o atacante, que tinha falado que o foco era nas duas competições no meio da semana, após a vitória contra o Joinville, fora de casa.
Já Marcos Guilherme, outro atleta poupado do time titular e que substituiu Bruno Mota no intervalo, manteve a linha de apoiar o rodízio no elenco, mas adotou a opinião de que nenhum campeonato tem que ser priorizado. O camisa 10 acredita que o Atlético-PR tem elenco suficiente para jogar em bom nível.
"É um rodízio natural pela seqüência de jogos. Hoje eu vi o jogo Grêmio e muitos jogadores reclamando do cansaço. Então, é importante esse rodízio. Mas temos que estar ligado para entrar e manter o mesmo nível. Nosso foco é nas duas competições. Nosso objetivo no Campeonato Brasileiro é chegar entre os quatro primeiros, e na Sul-Americana ser campeão. Temos grupo para isso. Infelizmente hoje não fizemos um bom jogo e temos ciência disso", afirmou o meio-campista.
Na quinta-feira, o clube rubro-negro recebe o Joinville pela Copa Sul-Americana e tem a vantagem de ter ganho na ida por 2 a 0. No domingo, o Atlético-PR recebe o Goiás, às 18h30, pelo Campeonato Brasileiro.
Técnico explica
O comandante rubro-negro, depois do revés no Estádio Beira-Rio, explicou o motivo para rodar o grupo atleticano. Do time titular, o Atlético-PR poupou o lateral-direito Eduardo, os meias Marcos Guilherme e Daniel Hernández, além do atacante Walter. O zagueiro Christián Vilches, com lesão muscular, também ficou de fora do duelo.
"Existe um plano estratégico de gestão de grupo. Nós temos um plantel de 30 jogadores e desses jogadores que entraram jogando, o Cléo, Bruno Mota, Douglas Coutinho, Nikão, Hernani e Sidcley já foram titulares. A única mudança foi o Bruno Pereirinha que não tinha feito um jogo inteiro. Portanto, são jogadores que estão no plantel e precisam ser usados para refrescarmos os outros todos, porque não podemos dar carga a mais para os jogadores para eles não se lesionarem. Todos estão completamente inseridos no projeto, são atletas do clube e estão prontos para serem utilizados em qualquer momento", analisou.