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Copa do Mundo

Rádio mostra falha na segurança da Copa; polícia faz demonstração

17 mai 2010 - 15h55
(atualizado às 16h46)
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A polícia da África do Sul fez uma demonstração de força na segunda-feira para tranquilizar os torcedores sobre a segurança da Copa do Mundo, mas uma estação de rádio local disse ter conseguido embarcar com armas em diversos voos domésticos.

A rádio 702 informou que seus repórteres conseguiram durante três meses passar com facas, giletes, chaves de fenda e seringas pela segurança do aeroporto de Johannesburgo e de outros aeroportos de cidades que farão parte do torneio.

A empresa responsável pelas verificações de segurança nos aeroportos, a Acsa, disse que estava analisando as alegações e iria tornar mais rígidos os procedimentos. Ela afirmou estar confiante sobre a segurança dos torcedores.

Enquanto isso, a polícia fez um desfile pelas ruas do distrito empresarial de Sandton, em Johannesburgo, numa carreata com dezenas de veículos e executou operações de simulação pelas forças de segurança de elite, que incluíram um helicóptero e montanhismo na lateral de um prédio da imprensa.

Autoridades disseram em um comunicado que a demonstração era para "tranquilizar milhões de torcedores de futebol de que a África do Sul está mais do que pronta para policiar com eficiência" a Copa do Mundo.

Em boa parte, o desfile foi mais carnavalesco do que uma demonstração de segurança, com apresentações de música e dança e centenas de funcionários públicos estimulados a balançar bandeiras sul-africanas, enquanto crianças empurravam uma bola de futebol gigante.

A demonstração de escalada foi menos impressionante do que o pretendido, com dois integrantes da força tática da polícia nervosamente descendo o prédio pela frente, em vez de usar uma técnica de alpinismo mais convencional.

Um helicóptero desceu comandos, foguetes de sinalização e granadas de efeito moral em um veículo de uma simulação de sequestro - um dos crimes mais temidos na África do Sul.

A segurança e a criminalidade têm sido uma das maiores questões antes da Copa do Mundo por causa da notória reputação da África do Sul como cenário de crimes violentos - tem 50 assassinatos por dia, quase a mesma taxa dos EUA, que tem uma população seis vezes maior.

A criminalidade está entre os fatores aos quais se atribui um número menor do que o esperado de reservas estrangeiras para a Copa do Mundo.

O governo e organizadores locais têm reiterado que os torcedores estarão protegidos por um plano de segurança de 174 milhões de dólares (R$ 303 milhões), incluindo mais de 41 mil policiais especialmente convocados.

O desfile incluiu tudo, de helicópteros e vans anti-sequestro a carros de polícia, veículos paramédicos, caminhões da polícia de choque e até mesmo um escaler para mergulho - o que causou estranheza, já que Johanesburgo está ao menos a 550 quilômetros do mar.

A população que assistiu ao desfile pareceu se convencer. "Até agora está bom. Parece muito bom por toda a performance e o desfile aqui. Estou certa de que estaremos ok", disse a jovem Lynette Lubbe, que observava o desfile.

O Copa ocorre entre 11 de junho e 11 de julho.

Polícia fez teste de força simulando algumas situações de risco que podem ocorrer durante o mundial
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Foto: Reuters
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