Blatter faz elogios ao polêmico amistoso Brasil x Zimbábue
7 jun2010 - 12h39
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Celso Paiva
Direto de Johannesburgo
O amistoso realizado pela Seleção Brasileira no Zimbábue, no último dia 2, rendeu diversas críticas da imprensa internacional à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que aceitou se unir ao presidente do país africano, Robert Mugabe, questionado pelo regime ditatorial que adota. Em troca, a entidade brasileira recebeu o valor de US$ 1,5 milhão (R$ 2,8 milhões, aproximadamente). O montante pago não foi divulgado oficialmente.
Nesta segunda-feira, após a reunião do Comitê Executivo da Fifa, o presidente Joseph Blatter foi questionado sobre o que achava do fato da equipe cinco vezes campeã mundial ter aceitado fazer um amistoso no Zimbábue e tratou o caso de forma bastante amistosa.
"O que eu vi na televisão, foi o entusiasmo das pessoas, conectados com o futebol. Eu achei que foi uma boa ideia ir lá e jogar futebol pelo povo do país", afirmou Blatter. Mugabe e a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF) governaram o país de forma autoritária desde a independência do Reino Unido, em 1980, quando o político virou primeiro-ministro até assumir o cargo de presidente-executivo, em 1986.
Governou desde então com mão-de-ferro e com vários supostos casos de violência e intimidações contra seus opositores e inimigos políticos. Seu período no poder é marcado por inúmeras denúncias de corrupção e esquemas paralelos.
Além disso, restrições ao direito de voto e uma perseguição ferrenha à imprensa local são outras marcas da ditadura de Mugabe no Zimbábue, que já dura 30 anos. Em fevereiro de 2009, com o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, foi formado um Governo de Unidade com o Movimento para a Mudança Democrática (MDC).
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