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Terra na Copa

Fora de 2014, Morumbi vive dia de Copa com Rogério Ceni

20 jun 2010 - 20h18
(atualizado às 20h20)
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Candidato a receber o jogo de abertura do Mundial de 2014, o São Paulo viu seus sonhos frustrados na última semana, já que Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL), descartou oficialmente o estádio. Excluída do torneio no Brasil, a casa tricolor viveu um dia de Copa neste domingo, com a presença do pentacampeão Rogério Ceni.

Goleiro esteve no restaurante Copa e distribuiu autógrafos e tirou fotos com torcedores são-paulinos
Goleiro esteve no restaurante Copa e distribuiu autógrafos e tirou fotos com torcedores são-paulinos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O Restaurante Copa, localizado no Estádio do Morumbi, contratou o goleiro para promover o almoço durante o confronto entre Brasil e Costa do Marfim. Como o nome já diz, o Mundial é o tema do estabelecimento, que tem em suas paredes quadros com os logotipos oficiais de todas as edições do torneio. Na entrada, um mapa-mundi aponta o país sede de cada campeonato desde 1930.

Com Ceni como chamariz, o restaurante ficou lotado de pessoas que desembolsaram R$ 170,00 para almoçar com o ídolo (com bebidas à parte). Além de sua presença, o jogador cedeu alguns objetos pessoais para montar uma pequena exposição, como o uniforme usado na Copa da Alemanha, em 2006, e a bola do Mundial da Coreia do Sul e Japão-2002 autografada pelos pentacampeões. Na vitrine que contém a exibição, há a inscrição "Morumbi2014".

No começo do jogo, o som no restaurante estava baixo. A instalação de algumas caixas de som foi comemorada e um torcedor gritou "cala a Boca, Galvão" no momento em que os equipamentos foram ligados. Com camisas do Brasil e do São Paulo, todos comemoraram o gol de Luís Fabiano, ex-jogador do clube, mas a maior vibração aconteceu na chegada de Rogério Ceni.

Como a presença do ídolo estava prevista para o intervalo, a partir dos 40 minutos boa parte dos torcedores já empunhava máquintas fotográficas. Saudado com os gritos de "melhor goleiro do Brasil", ele andou de mesa em mesa, acompanhado por dois seguranças, durante o intervalo e o segundo tempo inteiros para conceder autógrafos, cumprimentos e fotos aos torcedores, alguns com lágrimas nos olhos.

O próprio Ceni bateu uma foto com o braço esquerdo esticado ao lado de um torcedor desacompanhado e autografou até a polêmica Jabulani, bola fabricada para a Copa da África do Sul e contestada por alguns astros. No momento em que o segundo tempo começou, o goleiro ainda não havia percorrido metade do salão. "Quem vai querer saber de futebol agora?", perguntou um torcedor, de máquina fotográfica em punho.

Desde então, o jogo entre Costa do Marfim e Brasil virou um mero detalhe. Ceni interrompeu sua peregrinação pelo salão apenas para ver o replay do segundo gol de Luís Fabiano. Antes de recomeçar o atendimento aos fãs, ele disse: "golaço". Empolgados, os torcedores gritaram o nome do ex-são-paulino. De dentro da cozinha, um funcionário mais preocupado com o jogo do time de Dunga comentou com com um colega: "eu coloquei 2 a 1 no meu bolão".

Ceni parou novamente para ver o replay do gol de Elano e mal percebeu o tento de Drogba. Ele voltou a olhar para as telas apenas para acompanhar a expulsão de Kaká, lamentada pelos presentes. Após o apito final na África do Sul, o goleiro ouviu novos gritos de "melhor do Brasil" e comandou um sorteio de brindes aos fãs, como luvas e chuteiras autografadas.

Questionado sobre a exclusão do Morumbi do Mundial de 2014, Ceni defendeu a casa tricolor. "Não estou muito a par do negócio, porque estava viajando nesses dias. Só que, se o Morumbi não tem condição de sediar a Copa, não temos estádios no Brasil em condições, com exceção do Engenhão, que é novo, e do estádio do Atlético-PR, se finalizar as obras. Mas pegaram o Morumbi para Cristo e não sou eu que vou resolver essa situação", afirmou.

Com o microfone nas mãos, ele agradeceu aos torcedores que se reuniram para encontrá-lo e até esqueceram do jogo do Brasil. "O mais importante é a vitória do Brasil e que todos nós somos tricolores. Isso é o mais importante de tudo", festejou o ídolo são-paulino, enquanto os torcedores urravam.

"A paixão clubística ainda fala mais alto. As pessoas são muito mais adeptas a um jogo importante do clube do que da seleção", finalizou, antes de correr para a casa e ver a gravação da partida contra a Costa do Marfim.

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