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Copa do Mundo

Xenofobia pós-Copa preocupa autoridades da África do Sul

8 jul 2010 - 22h53
(atualizado às 22h54)
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A fuga de cerca de 200 zimbabuanos da Cidade do Cabo nesta semana reabriu a preocupação das autoridades da África do Sul com os problemas de xenofobia da população com imigrantes africanos, segundo o jornal Mail & Guardian.

Interessados com as oportunidades de emprego que a Copa do Mundo trouxe, vários imigrantes de países africanos mudaram para a África do Sul em busca de uma vida melhor. Porém, com a disputa por vagas no mercado de trabalha, os sul-africanos se voltaram contra os estrangeiros e uma forte onda de xenofobia cresceu no país.

O sentimento de ódio culminou com o ataque em maio de 2008, quando 62 imigrantes morreram por toda a África do Sul. Com o final da Copa e a diminuição da demanda de empregos, há um temor de que novas manifestações racistas aconteçam no país.

Para evitar novos problemas, o ministro da Polícia, Nathi Mthewa afirmou que não tolerá mais atitudes ou atos de violência contra determinados setores da sociedade. Segundo Nkosikhulule Nyembezi, advogado de uma associação de direitos humanos, o país não pode simplesmente ignorar o problema que assola milhares de imigrantes.

Apesar da preocupação do governo e organizações não governamentais, o problema continua afetando estrangeiros. Nesta semana, dezenas de zimbabuanos foram vistos deixando a Cidade do Cabo rumo à Johannesburgo para voltarem a seu país. A alegação é de que têm medo de novas represálias.

A preocupação de novos ataques já chegou ao presidente Jacob Zuma. Para o presidente, a união dos povos nas arquibancadas dos estádios da Copa do Mundo deve ser seguida de exemplo para o povo sul-africano, que sofreu durante séculos com o problema de segregação racial.

Além de questões raciais, a Fundação Nelson Mandela também está preocupada com a crescente onda de xenofobia na África do Sul. No período em que o Mundial está sendo disputado, a entidade trabalha na conscientização dos sul-africanos.

Não são apenas as autoridades do país que estão preocupadas com os problemas na África do Sul. Grupos humanitários encabeçados por grandes políticos do mundo, com o ex-vice presidente americano Jimmy Carter e o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, já se manifestaram sobre a xenofobia que deve aumentar após o Mundial.

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Histórica campanha de Gana uniu os sul-africanos em na torcida pela África
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Foto: AP
Fonte: Terra
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