PUBLICIDADE

Terra na Copa

Secretários municipais discutem legado da Copa 2014 em seminário

26 mai 2011 - 19h40
(atualizado às 20h58)
Compartilhar

Autoridades municipais destacaram nesta quinta-feira a necessidade de que as 12 cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 executem projetos de infraestrutura urbana, acelerem os investimentos e formem capital humano para garantir que o evento deixa um legado para a população.

"É a oportunidade de colocar (os projetos) em execução e evitar o risco que fiquem na gaveta", disse o secretário especial de articulação para a Copa da Prefeitura de São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves.

Durante um seminário sobre infraestruturas à Copa do Mundo, promovido pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio, Alves disse que São Paulo tem como objetivo sediar a abertura do evento para conseguir "um maior protagonismo", mas a cidade não dispõe ainda de nenhum estádio que cumpra os requisitos da Fifa.

O secretário espacial declarou que caso São Paulo não seja escolhida como sede da primeira partida da competição, seria satisfatório receber o congresso da Fifa, reunião que acontece um dia antes do início da Copa. Outro propósito é acolher o centro de mídia internacional para reunir toda a imprensa estrangeira que viajar ao Brasil para a cobertura do torneio.

Sobre os aeroportos, ponto que mais preocupa dentro e fora do país, Alves disse que em São Paulo se trata de "obras para ontem", em referência à velha necessidade de resolver as deficiências dos terminais aéreos.

O secretário também destacou a qualificação profissional do pessoal de serviços e reiterou que é preciso aproveitar a oportunidade para "avançar em projetos de acessibilidade e sustentabilidade" e revitalizar áreas mais degradadas do município.

Por sua vez, o secretário extraordinário da Copa da Prefeitura do Porto Alegre, João Bosco Vaz, explicou que dos dez projetos que a cidade tem em andamento para o evento, seis ou sete já estavam previstos em um plano urbanístico de 1959, mas apenas agora há recursos para o financiamento.

Vaz ainda criticou as pessoas que questionam o uso de recursos públicos para o evento alegando que há outras prioridades no Brasil: "Não é verdade que estejam sendo retirados recursos públicos para dedicá-los ao Mundial", declarou o secretário extraordinário, que disse que falta no país o que chamou de espírito de Copa.

Espera-se que cerca de 600 milhões de turistas estrangeiros estejam no Brasil por conta do Mundial, um evento que gerará 330 mil novos empregos diretos e 400 mil temporários, segundo números oficiais.

Trabalhador mostra carteira do rival Palmeiras perto das obras do futuro estádio do Corinthians
Trabalhador mostra carteira do rival Palmeiras perto das obras do futuro estádio do Corinthians
Foto: Vanessa Carvalho/News Free / Especial para Terra
EFE   
Compartilhar
Publicidade