Secretários municipais discutem legado da Copa 2014 em seminário
Autoridades municipais destacaram nesta quinta-feira a necessidade de que as 12 cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 executem projetos de infraestrutura urbana, acelerem os investimentos e formem capital humano para garantir que o evento deixa um legado para a população.
"É a oportunidade de colocar (os projetos) em execução e evitar o risco que fiquem na gaveta", disse o secretário especial de articulação para a Copa da Prefeitura de São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves.
Durante um seminário sobre infraestruturas à Copa do Mundo, promovido pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio, Alves disse que São Paulo tem como objetivo sediar a abertura do evento para conseguir "um maior protagonismo", mas a cidade não dispõe ainda de nenhum estádio que cumpra os requisitos da Fifa.
O secretário espacial declarou que caso São Paulo não seja escolhida como sede da primeira partida da competição, seria satisfatório receber o congresso da Fifa, reunião que acontece um dia antes do início da Copa. Outro propósito é acolher o centro de mídia internacional para reunir toda a imprensa estrangeira que viajar ao Brasil para a cobertura do torneio.
Sobre os aeroportos, ponto que mais preocupa dentro e fora do país, Alves disse que em São Paulo se trata de "obras para ontem", em referência à velha necessidade de resolver as deficiências dos terminais aéreos.
O secretário também destacou a qualificação profissional do pessoal de serviços e reiterou que é preciso aproveitar a oportunidade para "avançar em projetos de acessibilidade e sustentabilidade" e revitalizar áreas mais degradadas do município.
Por sua vez, o secretário extraordinário da Copa da Prefeitura do Porto Alegre, João Bosco Vaz, explicou que dos dez projetos que a cidade tem em andamento para o evento, seis ou sete já estavam previstos em um plano urbanístico de 1959, mas apenas agora há recursos para o financiamento.
Vaz ainda criticou as pessoas que questionam o uso de recursos públicos para o evento alegando que há outras prioridades no Brasil: "Não é verdade que estejam sendo retirados recursos públicos para dedicá-los ao Mundial", declarou o secretário extraordinário, que disse que falta no país o que chamou de espírito de Copa.
Espera-se que cerca de 600 milhões de turistas estrangeiros estejam no Brasil por conta do Mundial, um evento que gerará 330 mil novos empregos diretos e 400 mil temporários, segundo números oficiais.