Jornal: sedes da Copa 2014 querem diminuir cota para deficientes
25 nov2011 - 08h18
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Um conflito entre as normas internacionais e a legislação brasileira já causa polêmica sobre o número de lugares reservados a deficientes físicos nas partidas da Copa do Mundo de 2014. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a lei nacional prevê número bem maior de lugares reservados - no Maracanã, por exemplo, a diferença entre os assentos disponíveis e os exigidos por lei chega a 11 vezes. Se a norma brasileira for mantida, todos os estádios precisarão arcar com custos extras para a instalação de mais rampas e acessos para acompanhantes.Por isso, os responsáveis pelas arenas em construção defendem que a legislação brasileira é exagerada e deveria ser revisada antes da Copa. Já o governo federal exige que a lei seja cumprida, o que resultaria em alterações e encarecimento das obras. No futuro estádio do Corinthians em Itaquera, por exemplo, há 300 lugares para pessoas com deficiência, enquanto a lei prevê no mínimo 2.720. Na próxima semana, acontece uma reunião entre governo e cidades-sede do Mundial, em que o assunto deverá estar em pauta.
Nesta terça-feira, foi realizada uma sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto da Lei Geral da Copa. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, estiveram presentes
Foto: AFP
Jérôme Valcke, afirmou seu apoio ao projeto de trocar armas de fogo por ingressos para jogos do Mundial, mas crê que a grande quantidade de armamentos existente no País é um limite para essa iniciativa
Foto: AFP
Sobre a liberação de cerveja nos estádios, o dirigente relembrou que uma grande marca de cerveja é uma das principais patrocinadoras do Mundial e disse que a venda de álcool nos estádios não significa que a "Fifa esteja aqui para embebedar as pessoas"
Foto: AFP
Além disso, o secretário-geral propôs que as arenas reservem uma espécie de "cota social" com ingressos mais baratos para essas categorias, com entradas com preço aproximado de US$ 25 (cerca de R$ 45)
Foto: AFP
O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foram confrontados na audiência pelos deputados, principalmente por Romário
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Teixeira foi posto na parede pelo deputado federal e ex-jogador Romário, que indagou: "a Fifa pode acreditar no Ricardo Teixeira?"
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Romário não poupou Teixeira e sugeriu a demissão do dirigente. "O senhor recebeu propina? Se o seu nome aparecer no processo, o senhor renunciará à presidência da CBF e ao COL?"