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Terra na Copa

Excluídas de 2014 seduzem estrangeiros com charme, clima e estrutura

30 nov 2011 - 07h30
(atualizado às 08h50)
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Dassler Marques
Direto do Rio de Janeiro

Há bem mais que 12 cidades que serão sede com disposição para lucrar com a Copa do Mundo de 2014. A Soccerex Global Convention, encontro de negócios de futebol que ocorre no Rio de Janeiro pelo segundo ano consecutivo, é exemplo vivo disso. Os governos de Pará e Sergipe, além das cidades de Águas de Lindóia, Bento Gonçalves e Santos, estão presentes no evento.

O objetivo final de todos, cada um fechado em suas peculiaridades, é seduzir os estrangeiros: só com delegações governamentais, segundo anuncia a organização da Soccerex, são pelo menos 10 países representados. "Apesar de não sermos sede, temos um estádio preparado e pleiteamos para ser sub-sede da Copa", afirma Ana Clara, diretora de eventos da Secretaria de Esportes do Pará.

Bastante cotado para ter uma das sedes da Copa, Pará acabou derrotado em detrimento do potencial turístico de Manaus. Mas, para quem recebeu até o último Grand Prix de Atletismo e o duelo entre Brasil e Argentina pela Copa Roca, a pretensão deve ser mais grandiosa.

"O cônsul da França nos visitou e disse que fará o possível para que os franceses fiquem em Belém. Temos 99% da estrutura pronta", acrescenta a diretora. Além do Mangueirão, a capital paraense pretende disponibilizar um centro de treinamento.

Palco já tradicional de pré-temporadas da dupla Gre-Nal, a cidade gaúcha de Bento Gonçalves tem ainda mais argumentos para efetivamente também fazer parte da Copa. Nos últimos anos, Bento abrigou torneios de porte, como o Sul-Americano de Rúgbi e o Sul-Americano Sub-15. "Temos 3 mil leitos de hotel e, no entorno, 22 cidades a 45 minutos de distância. Só em um pavilhão de eventos podemos colocar mais de 45 mil pessoas", detalha Denise Holleben, da Secretaria de Turismo.

Ela cita que três feiras de nível internacional ocorrem anualmente em Bento Gonçalves, que se dispõe a receber seleções antes e durante o Mundial. "Nosso clima é favorável. Seja para uma Rússia, que vem de muito frio e precisa de uma aclimatação, ou de um Catar, que está acostumado a um calor mais forte". Denise não crê que os problemas com as obras no Beira-Rio possam prejudicar. "Existe a Arena do Grêmio como opção".

Santos, que está acostumada ao turismo e fica próxima de São Paulo, também trabalha para encontrar parceiros na Soccerex. A cidade até criou um comitê próprio para atuar na prospecção de negócios da Copa e pretende emprestar a estrutura de ponta do Santos Futebol Clube para alguma equipe estrangeira.

"Pode ser uma sul-americana, alguma da Europa ou o Japão", afirma Vitor Iglezias, do Comitê Pró-Santos 2014. "Temos uma possibilidade real, porque estamos a 60 quilômetros de São Paulo e podemos trazer essas pessoas para Santos, 15 dias antes e 15 dias depois da Copa. A segunda é ter uma seleção", detalha Vitor.

Tradição das vinícolas faz de Bento Gonçalves a cidade brasileira do vinho, uma das estratégias para atrair turistas e seleções
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Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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