Documento da Fifa prova que Teixeira agiu imoralmente, diz jornal
30 nov2011 - 07h31
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Os documentos que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ameaça divulgar sobre o caso de propinas da ISL não provam que Ricardo Teixeira tenha agido ilegalmente, apenas imoralmente, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, um oficial da entidade teve acesso aos papéis e afirmou que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sairá com a imagem bastante arranhada do episódio, mas que as provas não serão suficientes para prendê-lo.
O escândalo na ISL, ex-parceira da Fifa no marketing esportivo e que entrou em falência, envolvia o pagamento de propina a dirigentes no final da década de 1990 em troca de vantagens em direitos de transmissão e anúncios publicitários referentes à entidade que comanda o futebol mundial. Segundo a rede inglesa BBC, Teixeira está entre os envolvidos no processo criminal que envolve o caso, reaberto há cerca de duas semanas. De acordo com o próprio Blatter, alguns dirigentes da Fifa terão que renunciar a seus cargos se os documentos vierem a público.
Nesta terça-feira, foi realizada uma sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto da Lei Geral da Copa. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, estiveram presentes
Foto: AFP
Jérôme Valcke, afirmou seu apoio ao projeto de trocar armas de fogo por ingressos para jogos do Mundial, mas crê que a grande quantidade de armamentos existente no País é um limite para essa iniciativa
Foto: AFP
Sobre a liberação de cerveja nos estádios, o dirigente relembrou que uma grande marca de cerveja é uma das principais patrocinadoras do Mundial e disse que a venda de álcool nos estádios não significa que a "Fifa esteja aqui para embebedar as pessoas"
Foto: AFP
Além disso, o secretário-geral propôs que as arenas reservem uma espécie de "cota social" com ingressos mais baratos para essas categorias, com entradas com preço aproximado de US$ 25 (cerca de R$ 45)
Foto: AFP
O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foram confrontados na audiência pelos deputados, principalmente por Romário
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Teixeira foi posto na parede pelo deputado federal e ex-jogador Romário, que indagou: "a Fifa pode acreditar no Ricardo Teixeira?"
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Romário não poupou Teixeira e sugeriu a demissão do dirigente. "O senhor recebeu propina? Se o seu nome aparecer no processo, o senhor renunciará à presidência da CBF e ao COL?"