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Terra na Copa

Acusações, polêmicas e títulos; relembre trajetória de Teixeira na CBF

12 mar 2012 - 12h45
(atualizado às 12h51)
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Após 23 anos, Ricardo Teixeira não é mais o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O controverso dirigente anunciou nesta segunda-feira sua renúncia ao comando da entidade que rege o futebol do País, encerrando uma administração marcada por polêmicas, acusações de corrupção e conquistas da Seleção Brasileira. O cartola ainda acumulava a função de presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, mas também renunciou a esse cargo. Teixeira foi o dirigente que mais tempo passou no comando da CBF, vencendo marca de seu ex-genro João Havelange, no cargo de 1958 a 1975.

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Teixeira assumiu o comando da CBF em 1989 no lugar de Octávio Pinto Guimarães, derrotando o vice Nabi Abi Chedid na votação presidencial. Desde então, viu suas ações serem alvo de investigações no Brasil e no exterior e prestou depoimento a duas CPIs. O cartola resistiu, porém, e teve como trunfo a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo.

Em 1994, no retorno da bem sucedida campanha do Mundial dos Estados Unidos, se envolveu em sua primeira grande polêmica. A Seleção Brasileira desembarcou no País sem precisar passar pela alfândega, ainda que trouxesse quase uma tonelada em compras, no que ficou conhecido como "voo da muamba".

Ao final da década de 1990, passou a frequentar Brasília para ser inquirido sobre a administração da CBF. Em 2000, Teixeira depôs na CPI do Futebol, comissão criada para investigar transações no esporte e o envolvimento da CBF. Em seguida, o dirigente falou à CPI da CBF-Nike sobre o contrato da entidade com a empresa de material esportivo. Nos dois casos terminou absolvido.

Teixeira voltou a ficar em evidência após o Brasil ser escolhido para receber a Copa de 2014. O cartola viu o retorno de acusações de ter recebido propina da empresa de marketing ISL, ligada à Fifa, episódio que negou.

A acusação mais recente envolvendo Teixeira ligou o cartola a denúncia de superfaturamento em amistoso da Seleção Brasileira contra Portugal disputado em Brasília em 2009. Segundo informou a Folha de S.Paulo, a Ailanto Marketing, companhia que organizou a partida, tem ligação com a falida VSV, empresa registrada no mesmo endereço de uma fazenda do cartola, em Piraí, interior do Rio de Janeiro.

O cartola, porém, não é o único dirigente do futebol que se viu em evidência nos últimos anos. Presidente da Fifa desde 1998, Joseph Blatter (sucessor de João Havelange, ex-sogro de Teixeira) viu a entidade internacional ser alvo de acusações de corrupção após a escolha de Rússia e Catar para receber respectivamente as Copas de 2018 e 2022.

Ricardo Teixeira deixou o comando da CBF após 23 anos
Ricardo Teixeira deixou o comando da CBF após 23 anos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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