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Terra na Copa

Romário critica união entre Governo e Fifa e chama Brasil de circo

17 mar 2012 - 21h57
(atualizado às 21h59)
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O deputado federal Romário criticou duramente a reunião entre a Presidente Dilma Rousseff e o mandatário da Fifa, Joseph Blatter. Através de seu Facebook, o ex-camisa 11 da Seleção Brasileira disparou ao dizer que o Governo está enganando o povo e que, se nada melhorar, a Copa do Mundo será "uma merda" e o País vai "passar vergonha" com a atual organização.

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"É uma pena que o Governo federal se uniu a Fifa para que a Copa do Mundo seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós vamos passar vergonha. Se continuar acontecendo coisas erradas e estranhas como esse encontro do Blatter com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa, ela será uma merda. E o Governo federal está enganado o povo. E a presidente Dilma está sendo enganada ou se deixando enganar", afirmou o deputado.

Segundo Romário, a reunião entre Blatter com Dilmar, Pelé e Ronaldo foi válida, mas que nele não deveria ser discutido a Lei Geral da Copa. Tudo porque os líderes que discutem a questão, como o presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia, o relator da lei Vicente Cândido e o presidente da comissão que discute a polêmica questão sobre a Copa Renan Filho. Indignado, o deputado declarou que acontecerá "o maior rouba da história do Brasil" e cobrou mais cobranças do povo, dando a entender para que eles não se tornem "palhaços" no circo brasileiro.

"Tem coisas que só existem no nosso País, ou melhor, só acontecem no nosso País. O presidente da Fifa (Blatter) vem ao Brasil e se encontra com a presidente Dilma. Nesse encontro estão presentes Aldo Rebello, ministro dos Esportes; Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014; Ronaldo, conselheiro do Comitê Organizador Local (COL). Só uma pergunta: qual dessas pessoas tem a ver com a Lei Geral da Copa? Nenhuma. O presidente da comissão da Lei Geral da Copa, Renan Filho, não estava lá. O relator da Lei da Copa, Vicente Cândido, também não. O presidente da Casa onde será votada a lei, Marco Maia, também não estava presente. E muitos outros que tem muito a ver com a Lei Geral da Copa, não estavam presentes".

"Brasileiros, continuem cobrando e se manifestando porque essa palhaçada vai piorar quando tiver a um ano e meio da copa. O pior ainda está por vir, porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de licitações. Ai vai acontecer o maior roubo da história do Brasil. Ai eu quero ver se as pessoas que apareceram sorrindo na foto durante a reunião de ontem vão querer aparecer. Esse Brasil é um circo e os palhaços vocês sabem bem quem são", continuou Romário.

"Na minha concepção de político, a política vai de mal a pior. E o povo tem total razão de reivindicar e cobrar principalmente mais seriedade e responsabilidade das pessoas que tem autonomia para decidir coisas importantes como essa (Copa do Mundo)", acrescentou.

A principal questão em discussão na Lei Geral da Copa é a aprovação da comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. A atual legislação vigente proíbe a questão. Mas para organizar o Mundial, o Brasil se comprometeu a aceitar algumas exigências da Fifa, como esta. Para a soberania nacional não ser atropelada pela entidade, alguns e políticos e, principalmente, uma parte da opinião pública é contra a lei.

Principal crítica de Romário é ausência de pessoas ligadas a Lei Geral da Copa na reunião entre Dilma Rousseff e Joseph Blatter
Principal crítica de Romário é ausência de pessoas ligadas a Lei Geral da Copa na reunião entre Dilma Rousseff e Joseph Blatter
Foto: EFE
Fonte: Terra
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