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Terra na Copa

Fifa se desculpa por desrespeito de consultora a africanos e sul-americanos

13 jul 2012 - 13h27
(atualizado às 13h45)
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A Fifa pediu desculpas pelas declarações desrespeitosas a africanos e sul-americanos da consultora jurídica externa Sylvia Schenk, que representou a entidade no caso de suborno à ISL. Os documentos do escândalo foram revelados na última quarta-feira, pela Suprema Corte da Suíça. A advogada disse que na "América do Sul e na África a corrupção faz parte do salário da maioria da população".

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Em comunicado oficial nesta sexta-feira, a Fifa diz que as declarações da representante durante o caso não "refletem a posição da entidade". Ela repudia os "comentários preconceituosos" e ressalta mais de uma vez que ela não passa de um "consultor jurídico externo".

A investigação do Tribunal de Zug sobre o caso ISL revelou que os brasileiros João Havelange, ex-presidente da Fifa, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, receberam propina da agência de marketing para facilitar a venda de direitos de televisão nos anos 90.

A investigação foi concluída em maio de 2010, mas houve um acordo, com a participação da Fifa, para os nomes dos envolvidos permanecerem em sigilo.

Até o ano passado, o presidente Joseph Blatter apoiava essa decisão, mas, após ser reeleito para um quarto mandato em um pleito cheio de polêmicas e denúncias de corrupção, passou a adotar um discurso mais combativo a esse tipo de irregularidade e ficou satisfeito com a divulgação dos documentos.

O suíço, inclusive, afirmou que sabia do pagamento de comissões a Teixeira e Havelange, mas não poderia fazer nada, pois esse dinheiro era deduzido dos impostos como despesa de negócio e isso não era crime na época.

A Fifa, do presidente Joseph Blatter, deixou claro que não divide a opinião do consultor jurídico
A Fifa, do presidente Joseph Blatter, deixou claro que não divide a opinião do consultor jurídico
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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