Após "dura" pública de Lúcio, Mano diz preferir cobranças internas
- Fábio de Mello Castanho
- Tarian Chaud
- Direto de Córdoba
A cobrança pública do zagueiro Lúcio após o empate com o Paraguai não foi bem aceita pelo técnico Mano Menezes. Depois da vitória da Seleção Brasileira por 4 a 2 diante do Equador, o treinador disse preferir conversas internas a exposição de problemas com o grupo, declaração que expõe a reprovação ao discurso do capitão brasileiro.
"As conversas privadas têm mais efeito e todos sabem que eu prefiro assim. As cobranças externas surtem mais efeito para vocês (jornalistas). Elas geram mais repercussão, mais manchetes. Preferimos conversas internas porque assim conseguimos ajustar e fazer melhor em campo como hoje", afirmou Mano.
Em meio a um clima já de pressão depois de dois empates no torneio, Lúcio concedeu uma forte entrevista na última segunda, pedindo comprometimento, responsabilidade e seriedade para a sequência da Copa América. "Aqui não é só uma vitrine, cada um tem que saber o peso e a responsabilidade que essa camisa tem", afirmou na ocasião.
O discurso foi encarado como uma cobrança aos mais jovens do grupo, situação que tentou ser contornada por outro jogador experiente, o goleiro Júlio César.
"Vamos deixar bem claro que o Lúcio não impôs aquilo para a molecada. Até porque aqui não tem nenhum moleque. Vamos deixar bem claro que aqui ninguém está puxando orelha de Neymar, Ganso, Lucas ou de qualquer um mais novo", disse.
Em campo, a bronca de Lúcio parece ter surtido efeito. O Brasil foi uma equipe vibrante e classificou-se para as quartas de final na primeira colocação do Grupo B. O próximo desafio será contra o Paraguai, no domingo, às 16h (de Brasília), em La Plata.
