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Terra na Copa

Mano fala em "senso de justiça" e rejeita mal-estar com mudanças

14 jul 2011 - 20h05
(atualizado às 21h38)
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Fábio de Mello Castanho
Tarian Chaud
Direto de Los Cardales

A opção pela escalação de três equipes diferentes na primeira fase da Copa América 2011 deixa o técnico Mano Menezes com um cuidado em não criar insatisfação de jogadores com a perda de lugar no time. Para controlar esta situação corriqueira no futebol, o treinador disse que tenta transmitir para o grupo um senso de justiça a cada mudança que promove.

"O critério que eu procuro adotar é ser o mais justo possível, porque essa é a parte mais difícil do convívio de um grupo de jogadores que você dirige. Esse senso de justiça, o técnico precisa transmitir para o grupo para que todos aceitem as decisões. Isso tem sido feito bem, o que me agrada", afirmou.

Logo entre a primeira e a segunda partida, Mano promoveu a entrada de Jadson no lugar de Robinho, que teve uma atuação fraca contra a Venezuela. Depois, entre os duelos contra o Paraguai e o Equador, o atacante do Milan retomou a posição e o lateral direito Daniel Alves, que falhou contra os paraguaios, perdeu o lugar para Maicon.

Mano avisa que o trabalho tem como base essa abertura para mudanças de nomes no time principal. A primeira preocupação é no encaixe de uma maneira de jogar que seja assimilada por todos do grupo e, a partir disso, a escalação seja definida de acordo com a fase vivida por cada uma das opções.

"Você pode trazer jogadores que vivem ótimo momento fora, mas chegam aqui e não vivem momentos tão bons. Por isso é importante ter jogadores de qualidade para que possamos substituir bem. Tento fazer com que se sintam parte deste trabalho que estamos fazendo pensando em 2014. Não podemos ficar na mão 'entre aspas' de alguns jogadores, porque pode acontecer algo nas competições importantes e perdermos eles", avaliou.

Depois de ser substituído diante da Venezuela, Robinho demonstrou insatisfação com as seguidas saídas do time durante os jogos. Preterido contra o Paraguai, mostrou-se mais compenetrado nos treinamentos e ficou afastado de entrevistas em que poderia demonstrar qualquer tipo de descontentamento.

Diferente de Robinho, Daniel Alves concedeu entrevistas depois do jogo em que foi barrado, elogiou o substituto e evitou qualquer tipo de polêmica. Apenas disse que sempre gosta de jogar e que vai buscar de novo um lugar entre os titulares, o que seria estranho se não falasse.

Mano explicou as duas opções por questões táticas e técnicas. "Não tiro nem deixo de tirar quando acho que a decisão deve ser esta ou aquela, se tem mais histórico ou menos histórico. Não penso na opinião externa. A gente não vinha produzindo bem do nosso lado direito, embora até pouco tempo tenhamos produzido bem", disse.

Contra o Paraguai, pelas quartas de final, a tendência é que Mano Menezes repita pela primeira vez o time titular no duelo que marcará o 12º jogo no comando. Assim, a equipe deve ter Júlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Robinho, Alexandre Pato e Neymar.

Alívio

A regra da Copa América em permitir que 11 jogadores fiquem no banco de reservas ajuda Mano nesta tarefa de controlar possíveis insatisfações. "É muito melhor assim. Evita o maior desgaste que nós técnicos temos, que é tirar o jogador da composição do banco. Você trabalha, fica fora dos 11 iniciais, depois dos 7 do banco, e tem que recomeçar tudo de novo. A presença de todos evita isso", explica.

Técnico sacou Robinho após estreia para escalar Jadson; contra Equador, Daniel Alves foi substituído
Técnico sacou Robinho após estreia para escalar Jadson; contra Equador, Daniel Alves foi substituído
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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