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Copa das Confederações

Luís Fabiano brilha; Brasil vira sobre os EUA e leva taça

28 jun 2009 - 17h23
(atualizado às 18h19)
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Allen Chahad

Direto de Johannesburgo

Luís Fabiano brilhou. Graças aos gols do atacante, a Seleção Brasileira bateu os Estados Unidos de virada, neste domingo, no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo. O time do técnico Dunga se livrou da grande zebra. Saiu perdendo a decisão por 2 a 0, mas acabou com o título da Copa das Confederações. Brasil 3 x 2 Estados Unidos.

No primeiro tempo, pane geral. O time foi irreconhecível. Os gols de Dempsey, aos 9min, e Donovan, aos 27min do primeiro tempo, deixaram os brasileiros boquiabertos. Chocados, Dunga e os jogadores mal conseguiram reagir. Ficaram estáticos.

Um gol de Luís Fabiano com 40 segundos do segundo tempo devolveu a esperança aos brasileiros. Um gol de Kaká não-validado pela arbitragem aos 14min deu tom ainda mais dramático à final. O goleiro Howard tirou a bola de dentro do gol, mas bandeirinha e juiz não viram.

Aos 28min, Luís Fabiano finalmente igualou o placar. Além de herói do Brasil, passou a ser artilheiro do torneio com cinco gols. Aos 39min, o zagueirão e capitão Lúcio fez o suado gol da vitória.

Foi o segundo título da Era Dunga como treinador. O primeiro foi na Copa América de 2007, na Venezuela. Mais. O time é líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2010. Agora já são oito vitórias seguidas. Além disso, o Brasil é o único tricampeão da Copa das Confederações (1997, 2005 e 2009). A França conquistou o torneio em duas oportunidades (2001 e 2003).

A Seleção voltará a jogar apenas no dia 12 de agosto, em Tallin, em amistoso contra a Estônia. Depois, visitará a Argentina pelas Eliminatórias, em de setembro. Três dias depois, receberá o Chile.

Para os norte-americanos, até ficou de bom tamanho. Na semifinal, já fizeram história ao eliminar a favorita Espanha, atual campeã européia e líder do ranking da Fifa.

Como foi o jogo

Os americanos, embalados após a vitória diante da Espanha, entraram em campo sem medo. E começaram a escrever o triunfo da mesma maneira que o Brasil o fez na primeira fase, com um gol logo no início. A Seleção provou do seu próprio veneno.

Aos nove minutos, os Estados Unidos chegaram pela primeira vez e logo marcaram. Spector cruzou da direita, Lúcio deu muito espaço a Dempsey, que desviou de leve, no canto, sem chances de defesa para Júlio César. Foi o terceiro gol do jogador na competição.

O Brasil se abriu e partiu para cima. A equipe teve 59% de posse de bola no primeiro tempo. Chutou 14 vezes, cinco no gol, mas em todas o goleiro Howard não precisou de muito esforço para fazer as defesas.

O contra-ataque, arma mortal da Seleção nas primeiras partidas na África do Sul, desta vez foi fatal contra os brasileiros. Aos 26 minutos, Maicon perdeu a bola no ataque e deixou o campo livre para os norte-americanos.

Donovan arrancou com a bola e encontrou Davies na esquerda. O atacante devolveu para Donovan, que limpou Ramires da jogada antes de chutar para fazer um bonito gol. 2 a 0, placar da etapa inicial.

A conversa entre Dunga e os jogadores no vestiário deu resultado imediato. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Luís Fabiano recebeu de Maicon, girou e chutou de esquerda para diminuir a diferença.

Os brasileiros continuaram pressionando e poderiam ter empatado aos 14 minutos. André Santos cruzou da esquerda, Kaká tocou de cabeça e a bola cruzou a linha do gol antes de Howard fazer a defesa. O árbitro não viu e mandou o jogo seguir.

Os norte-americanos apenas se defendiam e foram poucas vezes ao ataque. Dunga mexeu no time. Sacou André Santos e o apagado Ramires para as entradas de Daniel Alves, o herói da semifinal contra a África do Sul, e Elano.

O empate era uma questão de tempo. E veio aos 28 minutos. Kaká fez ótima jogada individual pela esquerda e cruzou. Robinho chutou no travessão, mas no rebote Luís Fabiano usou a cabeça para fazer o quinto gol dele na competição. O atacante foi o artilheiro e cumpriu a promessa de marcar uma vez por partida.

Desgastada, a Seleção seguiu pressionando em busca da vitória no tempo normal. Aos 39 minutos, Elano bateu escanteio e o capitão Lúcio, de cabeça, fez o gol do terceiro título brasileiro da competição.

Luís Fabiano é o nome do jogo decisivo
Luís Fabiano é o nome do jogo decisivo
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Fonte: Terra
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