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Marcelinho Paraíba diz que Flamengo "nunca mais"

27 mai 2009 - 14h21
(atualizado às 14h26)
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Com uma saída conturbada do Flamengo no começo do ano, Marcelinho Paraíba chegou ao Coritiba com a missão de substituir o ídolo Keirrison. Com uma certa desconfiança do torcedor, por conta da idade, 34 anos, Paraíba foi ganhando espaço.

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Em dois meses de clube se tornou ídolo, ganhou a faixa de capitão e é o artilheiro da equipe. Feliz com o novo momento, o jogador desabafa em entrevista exclusiva ao Terra e diz que não volta mais a jogar na equipe carioca, mas que Grêmio e São Paulo ainda são sonhos.

"Não, não mesmo. Não pretendo mais jogar no Flamengo. Gostaria de jogar um dia pelo São Paulo ou Grêmio. Tenho saudade desses dois clubes", disse o jogador.

Por outro lado, não tem medo da responsabilidade que assumiu ao aceitar o convite para defender o Coritiba no ano em que o clube completa 100 anos de sua fundação e precisa de um título para corar o centenário.

"Estou preparado sim (para as cobranças). Mas este ano temos três competições para disputar", garantiu o meia.

Terra - Foi muito difícil a decisão de deixar o Flamengo?

Marcelinho Paraíba

"Gostaria de jogar um dia pelo São Paulo ou Grêmio", diz meia
"Gostaria de jogar um dia pelo São Paulo ou Grêmio", diz meia
Foto: Coritiba / Divulgação

- Não foi não, foi tranqüilo.

Terra - No Flamengo existe mesmo o famoso: "O Fla finge que paga e os jogadores fingem que jogam?"

Marcelinho Paraíba

- Não queria mais tocar nesse assunto de salário. Acho que é um dos maiores clubes do Brasil. E todo mundo tem o sonho de jogar no Flamengo, mas aí quando chega, vê muita coisa. Falta estrutura e você acaba querendo sair logo de lá.

Terra - O Flamengo é realmente o clube de maior pressão para um jogador? É muito difícil suportar isso?

Marcelinho Paraíba

- Com certeza, até pelo tamanho da torcida. O nome, a camisa pesam muito.

Terra - Você pode voltar a defender o time rubro-negro um dia? Que clube gostaria de voltar a jogar?

Marcelinho Paraíba

- Não, não mesmo. Não pretendo mais jogar no Flamengo. Gostaria de jogar um dia pelo São Paulo ou Grêmio. Tenho saudade desses dois clubes.

Terra - Já recusou muitas propostas desde que chegou ao Coritiba?

Marcelinho Paraíba

- Sim, várias, desde que estava no Flamengo tinha propostas.

Terra - O que te motivou a aceitar o convite do Coritiba?

Marcelinho Paraíba

- Eu não estava recebendo no Flamengo e depois a proposta foi boa, contrato até o final do ano. Foi um desafio para mim. Eu queria vir por ser um ano importante para o clube, o ano do centenário e queria muito marcar história nesse ano do Coritiba.

Terra - Quando aceitou a proposta acreditava que conseguiria suprir a ausência do ídolo Keirrison?

Marcelinho Paraíba

- Acreditava sim. Sou jogador experiente, joguei em vários clubes e vim para somar, ajudar o grupo e não só para suprir a ausência do Keirrison. Mas sabia que seria uma oportunidade a mais, assim como aconteceu com Grêmio também, quando fui contratado logo que saiu o Ronaldinho Gaúcho. Lá falavam a mesma coisa e consegui conquistar respeito e uma Copa do Brasil. E aqui (Coritiba) está acontecendo isso também.

Terra - Como está a relação com a torcida?

Marcelinho Paraíba

- Sinto o carinho cada vez maior. Cada vez que pego na bola a torcida vibra muito e nos gols também. A torcida tem falando muito meu nom e essa relação está muito boa.

Terra - Este é um ano diferente para o Coritiba, talvez o de maior importância na história do clube. Está preparado para as conseqüências junto à torcida, caso um título não seja conquistado?

Marcelinho Paraíba

- Estou preparado. Mas este ano temos três competições para disputar (Copa do Brasil, Brasileiro e Copa Sul-Americana) e já estamos em uma semifinal da Copa do Brasil. E estamos muito esperançosos que vamos conquistar ao menos um título.

Terra - Você já está com 34 anos, pretende ficar no Brasil até o final da carreira ou ainda projeta jogar em outros países?

Marcelinho Paraíba

- Tenho convites dos Emirados Árabes, do Catar, inclusive da Alemanha voltaram a me ligar, mas no momento penso em ficar até o final do ano no Coritiba, quando vence meu contrato e depois de dezembro ver o que vou fazer.

Fonte: Especial para Terra
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