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Corinthians conquista Mundial de Clubes em vitória sobre Chelsea

16 dez 2012 - 14h28
(atualizado às 14h42)
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Com um gol do peruano Paolo Guerrero aos 24 minutos do segundo tempo, o Corinthians derrotou o inglês Chelsea e conquistou o Mundial de Clubes, neste domingo.

Capitão do Corinthians Alessandro comemora com jogadores da equipe após time vencer Mundial de Clubes no Japão. 16/12/2012
Capitão do Corinthians Alessandro comemora com jogadores da equipe após time vencer Mundial de Clubes no Japão. 16/12/2012
Foto: Toru Hanai / Reuters

O Chelsea, que sofria pressão para garantir o torneio depois de se tornar o primeiro detentor do título da Liga dos Campeões a ser eliminado na fase de grupos do torneio europeu, perdeu uma série de chances de vencer a final.

"Não importa o quão habilidoso o oponente seja, nossos jogadores têm ritmo, energia e trabalho de equipe para superar", disse Tite, técnico do Corinthians, a repórteres. "Eles têm uma grande telepatia", acrescentou o treinador de 51 anos, que conduziu o time paulista ao título brasileiro em 2011 e à Copa Libertadores no início deste ano.

O êxito corintiano sobre o Chelsea selou uma reviravolta notável depois do rebaixamento do Corinthians no final de 2007. "Contando este torneio e a Libertadores, só sofremos quatro gols em 16 jogos", declarou Tite. "A maneira como administramos a partida foi excelente."

Gary Cahill, expulso no último minuto, Fernando Torres e Victor Moses foram contidos pelas defesas brilhantes do goleiro Cássio, vencedor da Bola de Ouro.

O Corinthians, que se sagrou campeão do mundo pela primeira vez em 2000, pegou o Chelsea de surpresa quando o atacante Guerrero aproveitou um chute de Danilo desviado para o alto pela chuteira de Cahill e cabeceou na cara do gol.

"Estou encantado por ter marcado dois gols", disse Guerrero, autor do gol da vitória de 1 x 0 sobre o egípcio Al-Ahly na semifinal. "Mas é mais importante o Corinthians ser campeão mundial."

"Sabíamos que seria extremamente duro derrotar os campeões europeus, mas demos 100 por cento e mais. Acho que merecemos vencer."

Um último esforço de Torres foi aparado com classe por Cássio, e um gol de cabeça já nos acréscimos foi anulado como impedimento.

Os jogadores do Corinthians comemoraram dançando e se abraçando enquantos fogos de artifício explodiam e os cerca de 15 mil torcedores davam início a uma festa que promete virar a noite.

Rafael Benítez, técnico interino do Chelsea, recusou-se a dar desculpas depois de sua segunda derrota à frente de três clubes diferentes no torneio da Fifa.

"Eles tiveram uma chance e marcaram", declarou o espanhol. "Nós não aproveitamos nossas oportunidades, e tivemos quatro delas, essa foi a diferença."

TEATRO

O cartão vermelho de Cahill por chutar o atacante Emerson em retaliação por uma cotovelada no rosto não influenciou o desfecho, afirmou Benítez.

"Ele perdeu a cabeça, mas não fez diferença no resultado", disse o treinador. Cahill demonstrou arrependimento, mas culpou a 'queda teatral' de Emerson pela expulsão.

"Dividi com ele, cruzamos as pernas e ele soltou o braço no meu rosto", disse Cahill. "Eu o toquei na panturrilha, provavelmente não teria derrubado minha filha de um ano, e ainda assim ele rolou cinco ou seis vezes."

Frank Lampard, capitão na ausência de John Terry, não conseguiu disfarçar a frustração. "É uma grande decepção vir até aqui e não vencer."

"Sabíamos que seria um jogo duro e sabíamos o que eles iriam mostrar", acrescentou Lampard, em sua primeira atuação desde que se recuperou de uma contusão. "Agora temos que voltar e vencer uma sequência de partidas para nos manter na luta no Campeonato Inglês e seguir em cada competição. Temos que fazer isso."

Clubes europeus foram campeões nos cinco últimos Mundiais, e Rafael Benítez, técnico interino do Chelsea, levou o troféu com a Inter de Milão em 2010 e um vice-campeonato com o Liverpool em 2005.

O espanhol, uma escolha impopular entre os torcedores do Chelsea após a demissão de Roberto Di Matteo no mês passado, pode ser hostilizado no retorno para casa depois do fracasso de sua equipe no Japão.

"Podemos tirar coisas positivas disto", declarou Benítez, cuja decisão de começar com Moses no lugar do brasileiro Oscar surpreendeu até mesmo Tite. "Dá para ver que estamos melhorando. Temos que permanecer mentalmente fortes."

Oscar negou relatos da mídia brasileira de que chamou Benítez de "louco" por deixá-lo de fora. "Respeito a decisão do técnico", disse. "Só estou decepcionado porque quando entrei estávamos perdendo de 1 x 0 e não pude fazer nada para ajudar o time."

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