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CPI aprova requerimento para ir à Suíça ouvir Marin

4 ago 2015 - 20h25
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Segundo Romário (senador pelo PSB-RJ), presidente, e o relator Romero Jucá (PMDB-RR), o pontapé inicial da CPI do Futebol se deu nesta terça-feira. Os parlamentares integrantes se reuniram à tarde em Brasília (DF), quando, entre outras definições, foi aprovado o requerimento do ex-atacante para enviar representantes à Suíça a fim de ouvir o ex-mandatário José Maria Marin, que está preso em Zurique.

Além de Marin, encarcerado na ocasião da deflagração do caso de corrupção na Fifa ao lado de outros sete dirigentes estrangeiros, o dono da empresa de marketing esportivo Traffic, J. Hawilla, também será ouvido. O executivo, réu confesso, também está preso, mas em regime domiciliar, nos Estados Unidos.

Romário deu um grande passo junto com a CPI do Futebol
Romário deu um grande passo junto com a CPI do Futebol
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O objetivo de Romário não é apenas ouvir os dois acusados de corrupção, mas também entrar em contato com a polícia suíça e com o FBI, dos Estados Unidos, que realizaram as prisões, para obter mais informações acerca do escândalo internacional, principalmente na parte que toca o futebol brasileiro e a CBF, como as suspeitas de pagamentos de propina nas negociações de direitos de transmissão de competições como a Copa do Brasil. Para o senador, é importante que o depoimento de Marin aconteça em solo europeu para que ele não volte a seu país e, assim, tenha sua extradição aos EUA impedida.

“O objetivo é ouvir as pessoas, traçar algumas estratégias para que possamos pedir algumas informações para órgãos que as têm para nos dar, como a polícia suíça e o FBI. Fiquei e fico muito contente pelo começo da CPI, apesar da ausência do nosso relator, e acho que o que aconteceu hoje é a mostra de que, de fato, essa CPI quer mudar alguma coisa”, declarou o ex-atleta, que no fim da tarde também teve reunião na sede da Procuradoria Geral da República com o titular do cargo, Rodrigo Janot, além do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e oficiais da Polícia Federal.

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O encontro, conforme já havia explicado o relator da CPI, é alinhar os responsáveis pela investigação à máquina pública para que haja colaboração a fim de obter informações com os órgãos internacionais e também contribuição interna.

“Nós queremos saber se há conexão (com o caso de corrupção na Fifa), se a Polícia Federal está acompanhando o caso, ver como podemos articular o recebimento de informações que possam ajudar no processo de investigação. A partir dos trabalhos de hoje (esta terça-feira), vamos montar um calendário, para ouvir atletas, dirigentes de clubes, todos os setores envolvidos”, declarou o senador Romero Jucá, explicando que ainda não há datas definidas para aos Estados Unidos e à Suíça, para ouvir Hawilla e Marin, e que ainda não há depoimentos agendados.

O que Romário fez questão de garantir é que os presidentes de todas as 27 federações estaduais brasileiras serão ouvidos para que, segundo Jucá, a CPI tenha capacidade de fazer mudanças profundas no futebol do país.

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“(A ideia) não é apenas punir irregularidades já cometidas, mas também prevenir novas transgressões. E, além disso, verificar uma forma de fortalecer o futebol brasileiro na sua organização, em seu calendário, e, também, para no final ver a Seleção e os clubes do país apresentando resultados melhores do que os que vemos agora”, concluiu o senador pernambucano filiado ao PMDB-RR.

Após os trabalhos desta terça-feira, a CPI terá nova reunião em uma semana, no dia 11 de agosto, quando os parlamentares já esperam poder contar com informações sobre antigas investigações, como a CPI da CBF/Nike, da Câmara dos Deputados, realizada entre 2000 e 2001, e a primeira CPI do Futebol do Senado, instaurada em 2000.

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