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Crises de relacionamento minaram a situação de José Mourinho

20 mai 2013 - 17h22
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Valdano, Kaká, Casillas e Pepe são exemplos daqueles que sentiram na pele o poder de José Mourinho quando este comandou o Real Madrid. Quando quiseram medir forças com o português, acabaram perdendo. As crises de relacionamento foram um dos motivos que levaram Florentino Pérez e a Comissão Diretora do clube a optar pela saída do treinador.

Mourinho chegou em 26 de maio de 2010 para ser o comandante que levaria o Real Madrid de volta ao topo da Europa. O português chegava credenciado pelo título continental conquistado poucos dias antes pela Internazionale.

Neste período em que foi treinador, Mourinho colocou o Real Madrid como antagonista do Barcelona de Guardiola. A rivalidade e a disputa entre os dois clubes, que já era imensa, tomou contornos de uma tensão insuportável pelos lados do Bernabéu. Tensão esta que aumentava a cada sucesso do Barça, como a goleada de 5 a 0 imposta no Camp Nou em novembro de 2010. Aquela foi a pior derrota de Mourinho em toda a sua carreira como treinador.

Naquela época, ainda com moral suficiente junto ao presidente Florentino Pérez, Mourinho entrou em rota de colisão com Valdano. O ex-diretor-geral nunca gostou da personalidade forte do português, e via em seus traços uma vaidade que prejudicava a imagem do clube.

A queda de braço foi ganha por Mou, que chegou a conseguir a proibição de Valdano no avião que levou o Real para um jogo contra o Sevilla. Em maio de 2011 Valdano seria demitido por Florentino Pérez. Mais tarde outra figura próxima da direção afastada seria o francês Zidane, que trabalhava como espécie de conselheiro.

Ao término de sua primeira temporada, o Real de Mourinho havia levantado a Copa do Rei. Enquanto isso, o Barça levantava o título espanhol e a Liga dos Campeões. Um rendimento aquém do esperado para quem havia chegado com o status do homem que conduziria os merengues à 10ª conquista europeia.

Apesar de ter conquistado o Campeonato Espanhol da temporada 2011/12 com o recorde de 100 pontos, e um Cristiano Ronaldo em grande fase, o clima não ficou mais leve. O afastamento do goleiro Casillas, durante a temporada atual, causou desconforto no clube. Isso sem falar na marginalização do meia Kaká, que claramente estava fora dos planos havia algum tempo, e as crises com o defensor Sergio Ramos.

Em determinado momento era consenso que dentro do vestiário merengue havia um cisma entre os portugueses, que defendiam Mou, e o resto dos jogadores, contrários ao treinador. Mas nos últimos tempos até mesmo os portugueses Pepe e Cristiano Ronaldo teciam críticas à forma como o comandante se relacionava com o elenco. À esta altura não havia mais clima e Florentino Pérez percebeu que era necessário chegar a um ponto final.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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