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CSKA Moscou é punido pela Uefa após insultos racistas a Yaya Touré

30 out 2013 - 18h45
(atualizado às 19h05)
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A Uefa ‘pegou leve’ na punição ao CSKA Moscou por causa dos cantos racistas dirigidos ao volante marfinense Yaya Touré, durante a partida contra o Manchester City, pela 3ª rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa. Nesta quarta-feira, a entidade que rege o futebol do Velho Continente anunciou que o time russo terá que jogar apenas com o estádio "parcialmente fechado" no seu próximo compromisso pela Champions League, dia 27 de novembro, contra o Bayern de Munique.

O setor que não poderá receber a presença da torcida será o mesmo do qual foram dirigidos os insultos racistas. Na Liga dos Campeões, o CSKA Moscou vem mandando os seus jogos na Arena Khimki, com capacidade para pouco mais de 18 mil pessoas.

A polêmica aconteceu durante o confronto entre a equipe moscovita e o Manchester City, na última quarta-feira. A cada vez que o volante da Costa de Marfim Yaya Touré pegava na bola, a torcida do CSKA fazia barulhos de macaco. A investigação do caso foi um pedido do presidente da Uefa, Michel Platini, logo após o término da partida. Segundo o código de conduta da entidade, o árbitro da partida, Ovidiu Hategan, deveria ter interrompido o jogo e enviado uma mensagem aos torcedores do clube russo exigindo o fim dos cantos racistas.

Coincidentemente, a 3ª rodada da Liga dos Campeões da Europa foi a primeira na qual todos os jogadores participaram, já dentro de campo, de uma campanha contra o racismo. Nas 32 partidas ocorridas entre terça e quarta-feira, uma flâmula com a mensagem "Say no to Racism" (diga não ao racismo, em inglês), passou de mão em mão, entre jogadores e árbitros, durante a execução do tradicional hino da Champions League.

Alvo dos insultos, Yay Touré foi enfático apó o fim do duelo contra o CSKA e enviou uma mensagem a UEFA ameaçando que, caso providências não fossem tomadas, os jogadores negros boicotariam a Copa do Mundo de 2018, que será realizado justamente na Rússia.

"É um problema real aqui (na Rússia), algo que acontece o tempo todo, e é claro que eles precisam resolver o problema antes da Copa do Mundo. Caso contrário, se não tivermos confiança para ir ao Mundial na Rússia, nós não iremos", alertou o volante, na ocasião, em entrevista divulgada pelo Daily Mail.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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