Del Potro prefere futebol ao tênis e sonha com uma partida oficial
Campeão do Aberto dos Estados Unidos de 2009 e atual número sete do ranking do ATP, Juan Martín del Potro nunca escondeu seu amor pelo futebol. O que pouca gente sabe é que o argentino gosta até mais de futebol do que de tênis, e sonha em atuar profissionalmente em um gramado pelo menos uma vez na vida.
"É um esporte que eu amo. Até um pouco mais do que o tênis, eu diria. O tênis é o meu trabalho, e ainda sinto vontade de algum dia, quando encerrar a carreira como tenista, poder ter o gosto de jogar uma partida oficial de futebol por algum clube que me aceite. Quero sentir o que é a concentração, jogar valendo pontos", disse em entrevista ao site da Fifa nesta segunda-feira.
A paixão de Del Potro pelo futebol é tamanha que ele chegou a largar o tênis ainda na adolescência para correr atrás de seu "sonho". A descoberta dos gramados veio ainda no Independiente de Tandil, cidade natal do tenista, clube em que ele atuou como centroavante e, mais tarde, volante nas categorias de base.
"Me disseram que viam potencial em mim (no tênis) e que ia ser difícil seguir praticando dois esportes. Eu teria de escolher. Escolhi o tênis, e depois de quatro meses jogando só tênis pensei que eu gostava mesmo de futebol. Larguei a raquete, segui estudando no colégio e só joguei futebol. Fiz isso até o fim dos meus 13 anos, e depois senti que já havia matado a vontade e que pelo tênis eu sentia algo. Recarreguei as baterias e passei a jogar tênis de novo", afirmou.
Se o amor pelo futebol é grande, a paixão pelo Boca Juniors é maior ainda. Del Potro é constantemente visto em La Bombonera, onde acompanha os jogos do time do coração, além de ter o costume de entrar nas quadras vestido de azul e amarelo, as cores do clube portenho.
"Sou Boca por causa do meu avô. Na minha família muitos torcem pelo Boca, inclusive o meu pai. Quando a gente é menino, vira torcedor de um clube, mas ainda sem entender direito. Só depois comecei a acompanhar mais jogos. Peguei a época mais vitoriosa do Boca, o que me deixou ainda mais fanático. Tive a sorte de conhecer muitos jogadores, de virar amigo de muitos ídolos do clube. Isso, como torcedor e como pessoa, é o máximo para mim", comemorou.