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Vice acusa golpe de Del Nero e quer anular assembleia da CBF

4 jun 2015 - 18h46
(atualizado em 5/6/2015 às 15h38)
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Vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol para a região Sul, Delfim Peixoto está disposto a questionar na Justiça a validade da assembleia geral extraordinária da entidade, convocada para 11 de junho. Ele já foi informado que o principal motivo da reunião será uma alteração no estatuto da CBF, a fim de impedir que ele, o vice mais idoso, assuma o comando da entidade na eventualidade de uma renúncia do presidente Marco Polo Del Nero.

Segundo o atual estatuto da CBF, Delfim Peixoto, o vice mais velho, assumiria a presidência em caso de saída de Del Nero
Segundo o atual estatuto da CBF, Delfim Peixoto, o vice mais velho, assumiria a presidência em caso de saída de Del Nero
Foto: Twitter/@Delfim1924 / Reprodução

"Há erros na convocação da assembleia. Certos requisitos não foram observados. Se assim se mantiver, vou lutar pela nulidade do encontro", declarou Delfim, 74 anos. "E na própria assembleia, se eu notar alguma ilegalidade, vou brigar na Justiça". Ele ainda se mostrava contrariado nesta quinta com o que considera um "golpe" de Del Nero. "Ele está mudando a regra do jogo depois do início do campeonato. Isso é golpe".

Delfim disse que vai ao Rio na quarta ou na quinta, mas afirmou que antes espera ser convocado para a assembleia. "Como vice, se eu não for chamado formalmente, a assembleia estará sem efeito".

Sob pressão por renúncia, Del Nero visita Seleção Brasileira:

Para o dirigente, existe um claro movimento de Del Nero para deixar como eventual sucessor o vice da região Centro-Oeste, o deputado federal Marcus Vicente, 61 anos, um dos nomes mais fortes da chamada "Bancada da Bola" no Congresso.

"Vou continuar falando com a imprensa, denunciando todas as manobras, os golpes que mancham o futebol brasileiro. Eu não posso aceitar que o presidente da CBF venha rasgar o que é de direito. Por quê? Ele está com medo de quê?".

Del Nero estaria disposto a fazer alterações no estatuto da CBF para garantir que um dirigente de sua confiança - no caso, Marcus Vicente - passasse a comandar a entidade se ele se visse impedido de continuar como presidente, em razão de investigações sobre escândalos de corrupção no futebol.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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