Denúncias de corrupção em Mundiais já eram investigadas pela Fifa
As denúncias de corrupção nos bastidores da Fifa feitas pela última edição da revista France Football já eram investigadas por seu Comitê de Ética. A entidade publicou um comunicado dando total liberdade para o órgão examinar o que de fato ocorreu na escolha do Catar para ser a sede da Copa do Mundo de 2022 e prometeu averiguar também as irregularidades presentes na eleição que levou a Rússia a abrigar o torneio de seleções em 2018.
"A Fifa transferiu a sua Comissão de Ética analisar as acusações surgidas na imprensa com referência ao processo de candidatura das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Examinaremos estas alegações de forma meticulosa, o que inclui a análise de provas e credibilidade das acusações de conduta improcedente por parte de certas pessoas", declarou a entidade, por meio de seu site oficial.
A última grande denúncia com relação ao caso envolvendo o Catar foi publicada nesta semana. Com o título ‘Le Qatargate’, a matéria da revista francesa trazia 20 páginas de denúncias contra os responsáveis por eleger o país do Oriente Médio entre os demais concorrentes. Ricardo Teixeira, Julio Grondona, Michel Platini, Nicolás Leoz, Nicolas Sarkozy e Sandro Rossell são alguns dos nomes que apareciam entre os acusados.
Evasivo com relação aos problemas encontrados nos bastidores da Fifa, o secretário-geral Jérôme Valcke se esquivou de qualquer declaração mais aprofundada sobre o caso e apenas deu o aval para o Comitê de Ética apurar a veracidade dos fatos. "A Fifa possui a estrutura para se encarregar de casos assim, quando as coisas não estão bem. O Comitê de Ética tem a liberdade para decidir", declarou o dirigente.