Diretoria não quita dívidas salariais, e atletas do Barueri confirmam greve
O Grêmio Barueri não entrará em campo nesta sexta-feira, às 19h, diante do Operário-MT, pela Série D do Brasileirão, na Arena Barueri. Mesmo após enviar uma carta à CBF explicando sua ausência, os jogadores deram à diretoria do clube paulista um prazo até meio-dia para que os atrasos salariais de quatro meses fossem acertados. Porém, as reivindicações dos 30 jogadores do elenco não foram atendidas:
- A diretoria chegou a entrar em contato, prometendo o pagamento de um terço das pendências até terça-feira e em cheque. Como ultrapassava o prazo que nós estipulamos e corre o risco de a diretoria sustar o cheque, vamos manter a posição - esclareceu o advogado dos atletas, Filipe Rino, em entrevista ao LANCE!Net.
De acordo com o advogado, a ausência dos jogadores se restringirá às partidas do Grêmio Barueri pela Série D:
- Os atletas se concentraram hoje (sexta-feira) normalmente, vão se reapresentar segunda-feira para a volta aos treinos e seguirão a rotina habitual de treinos. Mas só entrarão em campo quando houver o pagamento integral das dívidas.
Os jogadores do Grêmio Barueri estão amparados no Artigo 32 da Lei Pelé, que afirma que o jogador "pode recusar-se a competir por entidade de prática desportiva quando seus salários, no todo ou em parte, estiverem atrasados em dois ou mais meses". A grave crise financeira já causou a saída de um atleta: o zagueiro André Ribeiro que, nesta sexta-feira, rescindiu contrato.
A ausência dos jogadores comprometerá o futuro da Abelha no Grupo 6 da Série D do Brasileirão. Com o provável W.O., a equipe chegará à quarta derrota em quatro jogos. O Operário-MT chegará aos mesmos nove pontos do líder Tombense (MG), que folga na rodada. Luziânia (DF), com seis e Goianésia, com três, poderão se distanciar ainda mais.
Procurada, a assessoria de imprensa do clube não foi localizada nesta sexta-feira. O presidente do clube, Alberto Ferrari, segue hospitalizado.
