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Dirigente da FIFA diz que Inglaterra tinha a melhor candidatura para a Copa de 2018

21 dez 2014 - 12h38
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A candidatura derrotada da Inglaterra para a Copa do Mundo de 2018 "era, de longe, a melhor entre as concorrentes", teria dito o dirigente da FIFA Harol Mayne-Nicholls neste domingo.

Mayne-Nicholls, de 53 anos, ex-presidente da federação chilena de futebol, foi chefe de um comitê da FIFA que avaliou a força e a viabilidade de várias candidaturas para as Copas de 2018 e 2022.

Tendo visitado todos os 11 países candidatos a sede dos Mundiais, Mayne-Nicholls concluiu que a Inglaterra tinha a melhor infraestrutura e melhor envolvimento com o público, pontos cruciais para qualquer país que pretende lançar candidatura.

A Inglaterra, no entanto, teve apenas dois votos de um total de 22, com a Rússia ganhando o direito de sediar o torneio de 2018. Qatar venceu o processo para 2022.

"A Inglaterra estava no topo da lista. Tinha o melhor conceito, melhor infraestrutura e as pessoas ali estariam muito mais envolvidas", disse Mayne-Nicholls.

"Eu estava lá e vi as caras que fizeram Príncipe William e (David) Beckham: estavam em choque. É como quando você joga em um time da primeira divisão, joga com um da terceira e perde por cinco a zero."

Mayne-Nicholls já havia anteriormente questionado o Qatar, cuja candidatura já havia sido rotulada como de alto risco pelo comitê avaliador por conta do calor devastador.

Ele, mais uma vez, questionou a logística de se receber um torneio em apenas uma cidade e afirmou que o transporte e a infraestrutura não seriam capazes de lidar com o enorme fluxo de torcedores chegando para o Mundial.

"Há uma possibilidade real de que muita gente não consiga chegar aos jogos", disse Mayne-Nicholls sobre o Qatar.

Na sexta-feira, o presidente da FIFA Sepp Blatter anunciou que o órgão máximo do futebol iria divulgar, "em formato apropriado", o relatório de 430 páginas elaborado pelo investigador do comitê de ética Michael Garcia, que apurou suspeitas de pagamento de propina durante o processo de escolha.

Mayne-Nicholls disse no último mês que iria decidir no Ano Novo se iria ou não se candidatar à presidência da FIFA contra Blatter. As regras da entidade proíbem realização de campanha antes do dia 29 de janeiro. As eleições ocorrem em 29 de maio.

(Por Tom Hayward)

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