Dirigente do Bahia compara contratação de Freddy Adu à de Zizao
Perto de contratar o americano Freddy Adu, o Bahia espera voos altos - pelo menos no setor de marketing - com a chegada do americano, que há uma década chegou a ser rotulado como o "próximo Pelé". A negociação já comparada pelo clube nordestino com a feita pelo Corinthians quando apostou no mercado asiático com o chinês Zizao.
O meia-atacante desembarcará nesta quinta-feira em Salvador e sua contratação pode ser fechada nos próximos dias. "Ele chega às 8h30 (horário de Brasília) e faz os exames médicos até domingo. Se passar, já fica por aqui", explicou o gerente de futebol do Bahia, André Araújo. A contratação do jogador, segundo o gerente de futebol, não é válida apenas pelo critério técnico.
"Há um movimento de marketing também. Ele tem quase 500 mil seguidores no Twitter, tem conta no Facebook. É uma possibilidade da internacionalizção da marca do Bahia. Muito parecido com o que o Corinthians fez com o Zizao", disse, se referindo ao chinês contratado pelo clube paulista no ano passado, mas que pouco atuou desde então.
Atualmente, o americano estava atuando no Philadelphia Union, clube que disputa a liga profissional dos Estados Unidos (MLS). Se for confirmado o acerto, o Bahia receberá o americano por empréstimo até o fim do ano, e em troca enviará o meia Kléberson pelo mesmo período.
"Surgiu a possibilidade do Kléberson ir pra lá, condicionaram também a vinda dele. Além disso, vai ser uma economia para nós", disse Araújo, sem revelar os valores dos salários dos jogadores. O gerente de futebol explicou que a troca é "pura", ou seja, sem envolver valores de transferência.
O clube procurou se informar nos últimos dias sobre o estado técnico e físico de Adu. Araújo lembrou que ele atuou constantemente na última edição da MLS (jogou 24 vezes e marcou cinco gols). Além disso, explicou que o elenco ficou satisfeito com a contratação. "O Neto (lateral direito) jogou com ele no Aris, da Grécia (em 2010), e o Chiquinho de Assis (auxiliar do técnico Jorginho), que foi técnico do Miami FC, deu algumas informações".
Freddy Adu nasceu em Gana, mas deixou o país com sua família quando tinha oito anos, e sua mãe conseguiu o "Green Card" para morar no Estados Unidos. Aos 14 anos, ele foi selecionado para atuar no DC United, um dos principais clubes dos Estados Unidos, e logo despontou como uma grande promessa, sendo rotulado como o "novo Pelé". No mesmo ano, disputou o Mundial Sub-17 com a seleção americana.
Em 2004, ainda com 15 anos, atuou profissionalmente pela primeira vez na equipe de Washington. Dois anos depois, foi negociado com o também americano Real Salt Lake e a partir daí começou a rodar o mundo. Adu foi para a Europa em 2007, quando o Benfica o contratou por US$ 2 milhões. Depois, passou por Monaco, Belenenses, Aris Salônica e Çaykur Rizespor (Turquia), até retornar para o Philadelphia.