"Patomania" contagia até gremista em Porto Alegre
A volta de Alexandre Pato está mexendo com a cidade de Porto Alegre. O ex-jogador do Internacional é reserva da Seleção Brasileira, mas seu nome é mais gritado do que astros como Ronaldinho, Robinho e Kaká. E ele sequer tem lugar no segundo tempo da partida contra o Peru, nesta quarta-feira, no Estádio do Beira-Rio.
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Pato não joga em Porto Alegre desde agosto de 2007, quando acertou com o Milan. Em pouco tempo, ele conquistou os colorados e até parte dos gremistas. A estudante Aline de Oliveira, 16 anos, é torcedora tricolor, mas foi ao aeroporto acompanhar a chegada da Seleção só para ver seu ídolo.
"Eu gosto dele desde que ele apareceu fazendo gols no Inter", diz a estudante, que levou seu noivo Jonathan Jordan, 18 anos, para o passeio. Com a camisa do Inter, Jonathan deixou todos mais surpresos ao falar sua preferência. "Sou mais fã do Ronaldinho". O meio-campista começou a carreira no Grêmio.
Os torcedores ao lado do casal com gostos trocados também manifestavam sua preferência. Meninas jovens, na maioria, levavam cartazes com palavras de amor a Pato. "Te amo" e "Casa comigo" estavam entre os dizeres das fãs que invejam a atriz Stephanie Brito, namorada do atacante.
Quando passou, a caminho do ônibus, pelo corredor formado por fãs de um lado e jornalistas de outro, Pato não teve como evitar a histeria. Parou, tirou fotos, deu autógrafos e ficou com a sensação de que apenas Kaká, que já estava no hotel, poderia superar o número de gritinhos das torcedoras.
Porém, tudo indica que Dunga esfriará a expectativa das fãs de Pato. Pelo menos em relação ao time titular. Questionado sobre a possibilidade de o atacante jogar ao lado de Robinho, Dunga foi direto.
"Talvez você não acompanhe a Seleção, mas o Luís Fabiano é o artilheiro do Brasil nas Eliminatórias", disse em resposta a um jornalista italiano.
Peixe fora d'água
No meio de tanta "patozetes", um solitário torcedor do São Paulo destoava. Não só pela camisa estranha no meio de um mar de colorados e tricolores, mas por suas preferências como fã de futebol.
"Estou aqui para ver o Adriano e o Josué", contou o motorista Jones Machado Pinheiro, 27 anos, que se diferenciou da família dividida entre tricolores e colorados para torcer por um clube que fica a quilômetros de distância.