Antes de clássico, brasileiros ignoram Maradona
Com a bola nos pés, Diego Maradona foi um dos maiores jogadores de todos os tempos. Mas sem ela, envolveu-se em problemas extra-campo que arranharam a imagem do camisa 10, chamado de "Deus" pelos argentinos.
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No Brasil, ele nunca foi muito admirado. As rixas e provocações com Pelé deixaram o torcedor sempre ao lado do ex-santista em qualquer discussão sobre o passado dos craques.
Sábado, ele estará frente a frente com o Brasil mais uma vez. Desta vez, sem jogar, e sim no comando da seleção argentina. E os jogadores brasileiros parecem não se importar com a sua presença no banco de reservas.
"Não tenho nada para conversar com o Maradona. Não vou enfrentar ele, e sim a seleção argentina. Tenho que me concentrar em tentar ajudar a Seleção Brasileira", disparou o artilheiro Luís Fabiano.
O volante Felipe Melo, que vai disputar o clássico sul-americano pela primeira vez, seguiu a mesma linha do companheiro. "O Maradona foi um grande jogador, mas nós temos o Pelé. Vencer a Argentina terá um gostinho especial".
Até mesmo Dunga evita comentar sobre o treinador rival. Ao ser questionado para fazer uma comparação entre Maradona e ele próprio, o técnico da Seleção Brasileira foi econômico nas palavras. "Não tem nada a ver um com o outro. É totalmente diferente, em todos os sentidos", disse.
Desde o final da última semana, quando os jogadores argentinos iniciaram a concentração, Maradona começou a esquentar o clima para o clássico. Disse que aposta na vitória porque seus jogadores têm mais vontade de vencer do que os brasileiros.
A Argentina precisa de um resultado positivo para respirar na tabela de classificação. O país ocupa a quarta posição com 22 pontos (o Brasil lidera com 27), dois a mais do que o Equador, o quinto colocado. Se perder, pode terminar a rodada fora do grupo dos quatro primeiros que garantem vaga direta ao Mundial da África do Sul.