Contra Brasil, Argentina defende tabu de 34 jogos
Além das provocações e do clima de guerra que está sendo preparado para o jogo deste sábado, a Argentina tem outra carta na manga para derrotar o Brasil, em Rosário, e não correr o risco de ficar fora da próxima Copa do Mundo.
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A equipe de Maradona aposta no ótimo retrospecto diante de sua torcida em partidas das Eliminatórias. A última derrota aconteceu há 16 anos. E não foi uma derrota qualquer. Jogando no Monumental de Nuñez, em 1993, o time levou uma goleada histórica de 5 a 0 da Colômbia, com dois gols do ex-corintiano Rincón e dois do ex-palmeirense Asprilla.
Por coincidência, a partida aconteceu no dia 5 de setembro daquele ano, mesma data do clássico deste sábado. Desde então, os argentinos jogaram 34 vezes em casa pelo torneio, com 25 vitórias e nove empates.
A derrota diante dos colombianos foi a única dos "hermanos" na Argentina na história das Eliminatórias. Naquele ano, a equipe teve de disputar uma repescagem e vencer a Austrália para ir à Copa dos Estados Unidos, em 1994.
A partida contra o Brasil, no Estádio Gigante de Arroyito, casa do Rosario Central, será a primeira dos argentinos fora de Buenos Aires na história da competição. A mudança foi uma briga comprada por Maradona, que reclamou publicamente do Monumental de Nuñez.
Na avaliação do treinador, o estádio do River Plate, por ter o campo distante das arquibancadas, não permite que os torcedores pressionem muito o adversário, diferentemente do que deve acontecer no estádio menor e mais acanhado de Rosário.
"Para eles, o estádio também é novidade. Podemos usar a pressão contra nós a nosso favor. É um jogo de alta tensão e os detalhes serão fundamentais", analisou o meio-campista Kaká.
A Argentina é apenas a quarta colocada na tabela, com 22 pontos, cinco a menos do que o líder Brasil. Se perder, pode ser ultrapassada pelo Equador, que tem 20, e terminar a rodada fora do grupo dos quatro primeiros que vão diretamente ao Mundial.