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Eliminatórias 2014

Capitão, Lúcio teme expulsões precoces na Argentina

5 set 2009 - 16h38
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Normalmente, cabe ao capitão de um time tentar extrair o máximo de dedicação de cada jogador antes de um jogo importante. Dono da braçadeira da Seleção Brasileira, o zagueiro Lúcio tem outra preocupação para trabalhar até a hora da partida contra a Argentina, neste sábado, às 21h30 (de Brasília), em Rosário.

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Capitão, Lúcio tem a missão de ajudar companheiros a controlar agressividade
Capitão, Lúcio tem a missão de ajudar companheiros a controlar agressividade
Foto: EFE

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Com os jogadores naturalmente motivados ao extremo para o duelo contra os principais rivais, Lúcio aconselhará os companheiros a controlar a agressividade e evitar expulsões precoces em um jogo cercado de expectativa e provocações. "Temos que ter essa consciência de saber usar a tranquilidade e a agressividade na hora certa", justifica.

A preocupação se explica. Precisando de um resultado positivo para não se complicar na luta por uma vaga na Copa do Mundo, a Argentina mudou o jogo de Buenos Aires para o acanhado Gigante de Arroyito, em Rosário, atrás do máximo de pressão da torcida em cima dos brasileiros e, por tabela, da arbitragem.

Nas palavras, o jogo também esquentou com declarações de Tevez, que prometeu "jantar o Brasil", e com Maradona, que disse ver mais raça nos argentinos. Lúcio promete a resposta em campo, quem sabe ajudando os "hermanos" a não ter o trabalho de tirar o passaporte para a África do Sul.

Veja a entrevista na íntegra:

Terra - O jogo contra a Argentina é cercado por toda uma expectativa e toda uma provocação. Muda alguma coisa no que um capitão tem que fazer antes da partida?
Lúcio - Eu acho que não muda muito não. A motivação é quase que automática. Brasil x Argentina é um duelo do futebol mundial. Tem uma rivalidade muito grande. Eu acho que é tentar manter os nervos mais tranquilos para poder entrar em campo para jogar futebol, fazer o nosso melhor e tentar impor o nosso futebol e sair de lá com a vitória. Acho que é isso o que temos que fazer.

Terra - Você falou de deixar os nervos nos lugares. Você acha que em um jogo contra a Argentina é mais importante você tranquilizar seus companheiros antes de entrar em campo do que botar pilha?
Lúcio - Tranquilizar eu acho que não é a palavra certa, mas acho que colocar a agressividade no lugar certo. Acho que temos de ter agressividade na hora de marcar, na hora de entrar forte na bola, mas sempre com lealdade. Em um jogo importante contra a Argentina a gente não pode perder um jogador muito rápido em uma entrada mais dura, tomar um cartão vermelho ou um segundo amarelo e ficar com um a menos. Temos que ter essa consciência de saber usar a tranquilidade e a agressividade na hora certa.

Terra - Em jogos assim se espera muita pressão da torcida. Até mudaram o estádio (Gigante de Arroyito, em Rosário) para isso. Isso pode contar na hora de expulsar um jogador?

Lúcio - Tem que tomar cuidado. Nós sabemos que a pressão vai existir com eles jogando em casa e precisando vencer por causa da situação na tabela. Sabemos que a pressão será grande, mas também contamos com jogadores experientes e isso faz parte do dia a dia da nossa carreira. É pressão, é cobrança tanto da nossa torcida como do adversário. Então temos que ter tranquilidade para fazer uma boa partida.

Terra - Vocês estão em uma situação tranquila nas Eliminatórias, praticamente dentro da Copa do Mundo. Já a Argentina está em uma situação delicada. Uma derrota pode complicar sua classificação Você acha que é hora de pensar em ajudar na eliminação da Argentina já antes da próxima Copa do Mundo?

Lúcio - O nosso pensamento é vencer mais uma partida, ou duas para que a gente possa conseguir a classificação definitiva para a Copa do Mundo. Esse é o nosso objetivo. A gente sabe da rivalidade, nós sabemos dessa possibilidade da Argentina encontrar problemas durante a classificação. Mas vamos preocupados em vencer para carimbar nosso passaporte, e não em eliminar a Argentina.

Terra - Mas seria bom eliminar a Argentina agora, não?
É, mas sabemos que e difícil, que não depende só de um jogo. Ainda tem muita coisa pela frente.

Fonte: Redação Terra
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