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Parreira confirma proposta para voltar à África do Sul

22 out 2009 - 19h11
(atualizado em 23/10/2009 às 01h31)
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Carlos Alberto Parreira afirmou nesta quinta-feira que recebeu uma proposta oficial para reassumir como técnico da seleção da África do Sul e que há vontade de ambas as partes para que seu retorno ao país-sede da Copa do Mundo de 2010 seja selado até o fim de semana.

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De fora dos campos desde que treinou o Flu, Parreira pode voltar a dirigir África do Sul
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Foto: Marino Azevedo/Photocamera / Divulgação

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O treinador campeão do mundo, que deixou os "Bafana Bafanas" em maio do ano passado por questões pessoais, disse que um enviado da federação sul-africana de futebol esteve no Rio nesta semana e apresentou a proposta. Parreira não quis adiantar se aceitou, mas deixou claro que seu retorno está "encaminhado".

"Algumas coisas ainda têm que ser aprovadas, é uma decisão que passa pelo governo. Existe uma proposta na mesa que não foi assinada, mas há um interesse mútuo", disse Parreira.

"Eles têm urgência porque se trata de uma seleção do país que vai promover a Copa do Mundo, e todos estão cobrando muito deles isso. Até o fim dessa semana tem que ter uma solução", acrescentou.

Parreira disse que mantêm contato permanente com o auxiliar da seleção sul-africana, Jairo Leal, que foi levado por ele para a equipe e permaneceu durante a passagem do também brasileiro Joel Santana pelo comando do time.

Joel foi demitido nesta semana após uma série de oito derrotas nos últimos nove jogos, incluindo nos amistosos contra Noruega e Islândia na semana passada.

O treinador, cuja primeira passagem pela África do Sul durou de julho de 2006 a maio de 2008, acredita não ter concorrentes para assumir o cargo de substituto de Joel Santana. "Acho que não tem mais ninguém", avaliou.

Se for confirmado seu retorno à seleção sul-africana para comandar o time no Mundial de 2010, essa será a sexta Copa do Mundo de Parreira como treinador.

Além de ter levado o Brasil ao tetracampeonato Mundial em 1994 nos Estados Unidos e de ter comandado a equipe na fracassada campanha de 2006 na Alemanha, o treinador também comandou Kuwait (1982), Emirados Árabes Unidos (1990) e Arábia Saudita (1998).

"O estímulo de voltar se dá porque que é o país que vai sediar a Copa do Mundo. Ser técnico do anfitrião é o grande desafio. Não é tapete vermelho. É muita cobrança", afirmou Parreira, acrescentando que o objetivo no Mundial seria levar o time da casa no mínimo às oitavas-de-final.

"Das oitavas em diante é loteria. Vai depender do grupo que cair e do sorteio", disse. "Quem é dona da casa tem expectativas muitos maiores. O torcedor é emocional e meio irracional", disse.

Sobre a demissão de Santana, que desde o início foi visto com desconfiança pela torcida e imprensa sul-africanas, apesar de ter sido indicado pelo próprio Parreira, o técnico disse que a pressão foi o principal motivo para a queda do treinador.

"Um treinador com um currículo como o meu tem um respaldo maior. O Joel já chegou muito cobrado. A imprensa de lá cobra muito. Havia uma pressão muito grande", disse.

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