Eliminatórias: argelinos destroem lojas de empresas egípcias
Os argelinos resolveram reagir aos incidentes registrados depois da partida contra o Egito, no último sábado, pelas Eliminatórias Africanas à Copa de 2010. Ontem e hoje, os fanáticos torcedores destruiram lojas de empresas do país adversário.
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Nesta segunda-feira, a vítima da raiva dos argelinos foi a sede da companhia aérea Egypt Air, no centro de Argel. O escritório não foi a primeira representação egípcia atacada no país. Ontem à noite, a sede da empresa de telefonia celular Djezzy foi alvo de depredação, assim como cidadãos do país residentes na Argélia.
Em declarações, o dono de uma loja vizinha ao local contou que o grupo arrebentou o portão de ferro da sede, que estava fechada, invadiu e destruiu a mobília, além de colocar fogo.
Os bombeiros conseguiram evitar que o fogo se espalhasse, e a Polícia enviou agentes para formar um cordão de segurança em torno da sede da empresa egípcia.
Outros oito jovens torcedores foram detidos na província de M'sila por tentativa de invasão a casas de expatriados egípcios na região, ao sudeste da capital, segundo parte da imprensa argelina.
A vitória de 2 a 0 do Egito frente à Argélia força a realização de um jogo de desempate, previsto para a próxima quarta em Cartum, no Sudão. O jogo foi cercado de problemas do início ao fim. O ônibus da seleção argelina foi apedrejado na chegada ao Cairo, e após a partida alguns torcedores do país foram agredidos por egípcios.
Alguns jornais disseram hoje que um argelino teria morrido vítima de agressões. No entanto, o embaixador argelino no Egito, Abdelkader Hadjar, desmentiu o fato. As autoridades argelinas iniciaram uma ponte aérea entre Argel e Cartum, com cerca de 30 voos especiais da companhia aérea Air Algérie, para transportar dez mil torcedores.
O jornal egípcio Al-Masry al-Yom informa que pelo menos 50 carros ficaram destruídos. Entre as queixas, a federação de futebol argelina pediu ao Egito que devolva os US$ 34 mil que a equipe pagou para se alojar no Cairo e os US$ 6 mil para entrar no país, em compensação pelo "mau tratamento" recebido no país anfitrião, segundo o jornal.
Centenas de jovens argelinos exaltados saíram às ruas após o fim da partida para expressar seu apoio à seleção e irritação pelo tratamento no Egito, o que provocou muitos engarrafamentos no centro de Argel. O jogo de quarta terá especial relevância na região, já que dele sairá a única seleção que representará o mundo árabe no próximo Mundial.
