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Em casa, Santa Fe bate o Huracán nos pênaltis e conquista a Sul-Americana

10 dez 2015 - 00h57
(atualizado às 08h51)
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O Santa Fe é campeão da Copa Sul-Americana de 2015. Na noite desta quarta-feira, a equipe colombiana superou o Huracán-ARG por 3 a 1 nos pênaltis, após empate por 0 a 0 no tempo normal, e levantou o caneco inédito em sua história no Estádio El Campín, em Bogotá.

O duelo foi semelhante à ida da decisão, na qual as duas equipes fizeram jogo nervoso e ficaram no 0 a 0 em Buenos Aires. Nas penalidades, as cobranças decisivas foram assinaladas por Omar Pérez, Seijas e Balanta, e o goleiro Zapata defendeu batida de Bogado, enquanto Nervo e Toranzo também desperdiçaram suas tentativas pelo Globo.

A conquista é a primeira internacional oficial da história do clube, que também se destaca como primeiro colombiano a levantar a taça da Copa Sul-Americana, garantindo ainda uma vaga à Libertadores de 2016.

Em sua campanha até o título, o Santa Fe deixou para trás desde a primeira fase LDU de Loja-EQU, Nacional-URU, Emelec-EQU, Independiente-ARG e Sportivo Luqueño-PAR.

Já o Huracán entrou na segunda fase e desbancou Tigre-ARG, Sport Recife, Defensor-URU e o atual campeão River Plate em seu caminho até o vice-campeonato.

O jogo - Mesmo jogando fora de casa, o Huracán teve uma chance incrível logo no primeiro minuto de bola rolando. Mas Ramón Ábila, que aproveitou erro de domínio do goleiro Zapata após recuo, perdeu a chance de marcar: quase embaixo das traves, mas quase sem ângulo, o centroavante chutou por cima, para alívio da torcida mandante e desespero dos argentinos.

Após mais algumas chegadas dos visitantes, principalmente pelo jogo aéreo, o Santa Fe “acordou” no duelo e começou a aparecer mais no campo de ataque. Aos 22 minutos, Morelo recebeu bom lançamento na área do Globo, mas foi desarmado providencialmente por San Román.

Nos minutos seguintes, se viu muita disposição em campo e intensas disputas de bola, mas pouca criatividade de ambas as equipes no ataque. Assim, os donos da casa tiveram a última boa chance antes do intervalo aos 41 minutos, quando, após cobrança de escanteio, Angulo subiu mais que a defesa e cabeceou forte, mas parou no goleiro Marcos Díaz.

Assim como a primeira etapa, a segunda começou com lance de perigo, dessa vez dos donos da casa. Com um minuto de bola rolando, o venezuelano Seijas bateu forte, mas parou em nova defesa do arqueiro Díaz. E, em seguida, o Santa Fe continuou buscando o campo de ataque, mas tinha de enfrentar forte marcação dos argentinos, especialmente ao redor de sua área.

O Huracán, por sua vez, apostava em bolas longas, como o lançamento que Ábila recebeu, livre, aos 14 minutos, mas o trio de arbitragem brasileiro assinalou impedimento do centroavante. Aos 23, o goleiro da equipe argentina ficou caído no gramado, esfriando ainda mais a partida que já era tecnicamente fraca.

Uma alteração do técnico mandante, entretanto, mudou a dinâmica do duelo. O meia Omar Pérez entrou no lugar de Gordillo e passou a rodar a bola com maior qualidade no ataque do time colombiano. Mas, do outro lado, o Globo seguia ameaçando em estocadas eventuais, como o chute de Bogado de fora da área aos 38 minutos, que passou raspando a trave direita de Zapata.

A última boa chance do tempo normal aconteceu aos 42 minutos, quando Pérez levantou na área e a zaga deu rebote, aproveitado na meia-lua por Roa, que bateu forte e quase acertou o canto direito da meta mandante, mas mandou para fora. Então, com nova igualdade por 0 a 0, a decisão foi para a prorrogação.

Os donos da casa começaram o tempo extra com mais iniciativa e, aos três minutos, após cruzamento da direita, Roa quase aproveitou falha de Marcos Díaz para marcar, mas o goleiro se recuperou no lance e fez a defesa. Essa foi a tendência dos primeiros 15 minutos: algumas chegadas do Santa Fe, especialmente na bola aérea, e raras descidas do Huracán.

Mas, no primeiro lance do segundo tempo, foi o Globo que chegou com perigo, e Zapata precisou sair do gol para impedir que a bola caísse nos pés de Ábila. A equipe colombiana só foi responder aos oito minutos, quando Morelo arriscou da intermediária e bateu mal, longe do gol. Quando a decisão já se encaminhava para os pênaltis, baixa no Huracán: o centroavante Ábila acertou um soco no zagueiro adversário Mina e foi expulso pelo árbitro Heber Roberto Lopes.

Nas penalidades, Omar Pérez, Seijas (de cavadinha) e Balanta converteram para o time da casa, enquanto o goleiro Zapata defendeu a cobrança de Bogado e Toranzo e Nervo erraram suas cobranças, mandando no travessão. Assim, o Santa Fe se sagrou campeão da Copa Sul-Americana para grande festa da torcida no El Campín.

FICHA TÉCNICA

SANTA FE-COL 0 (3) x (1) 0 HURACÁN-ARG

Local: Estádio El Campín, em Bogotá (Colômbia)

Data: 9 de dezembro de 2015, quarta-feira

Horário: 22 horas (de Brasília)

Árbitro: Heber Roberto Lopes (Brasil)

Assistentes: Kléber Gil e Bruno Boschilia (ambos do Brasil)

Cartões amarelos: Luis Seijas (Santa Fe); Cristian Espinoza (Huracán)

Cartão vermelho: Ramón Ábila (Huracán)

SANTA FE: Robinson Zapata; Yulian Anchico (Otálvaro), Yerry Mina, Francisco Meza e Leyvin Balanta; Baldomero Perlaza, Yeison Gordillo (Omar Pérez), Juan Daniel Roa e Luis Seijas; Wilson Morelo e Daniel Angulo (Miguel Borja)

Técnico: Gerardo Pelusso

HURACÁN: Marcos Díaz; José San Román, Hugo Nervo, Federico Mancinelli e Luciano Balbi; Mauro Bogado, Federico Vismarra, Cristian Espinoza (Torassa, depois Arano), Daniel Montenegro (Distéfano) e Patricio Toranzo; Ramón Ábila

Técnico: Eduardo Domínguez

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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