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Em desembarque, zagueira da Seleção assume erros em eliminação

12 jul 2011 - 17h01
(atualizado às 18h08)
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Rodrigo Viga
Direto do Rio de Janeiro

A zagueira Daiane, que marcou um gol contra e perdeu um pênalti na eliminação do Seleção Brasileira feminina na Copa do Mundo da Alemanha, diante dos Estados Unidos, no último domingo, fez um mea culpa no desembarque do time, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro.

"A situação para mim é mais complicada, porque a situação do gol e do pênalti foi comigo. Não esperava isso, mas infelizmente fui eu que errei", afirmou Daiane.

Em clima de tristeza, o Brasil teve uma recepção discreta no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Poucas pessoas foram receber a equipe, que cedeu o empate por 2 a 2 para as americanas no último minuto da prorrogação e foi derrotada nos pênaltis.

Algumas crianças procuravam por Marta, que não desembarcou com o restante do elenco. A atacante ficou na Europa para se encontrar com pessoas próximas e depois seguir para os Estados Unidos, onde atua na liga local.

"Até que enfim eu dei um autógrafo", brincou o técnico Kleiton Lima ao se referir a fria recepção. Ele lamentou a eliminação do Brasil ao afirmar que a equipe tinha moldado um grupo vencedor, mas voltou a cobrar investimentos na base do futebol feminino.

"Temos um problema na base. O que falta é uma estrutura para a modalidade no País. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nos dá as condições para preparar a equipe, mas falta um investimento em baixo", apontou.

"Nos EUA elas são preparadas desde os 13 ou 14 anos para serem campeãs olímpicas e a gente não tem nada. A gente começa a convocar jogador com 17 anos, sem trabalho de base, apoio e profissionalismo. Enquanto isso não mudar, países de primeiro mundo vão estar na nossa frente", reclamou Lima.

A goleira Andréia foi outra a desabafar: "mereceu vencer quem tem o melhor. A gente não tem o melhor e nunca vai ter. E a seleção americana investe no futebol feminino, tem jogadoras que começaram com 12 ou 13 anos e jogam desde o colégio. Tem time, salário e tudo. A gente não tem nada e nunca vai ter. Também acho que se tivesse vencido o Mundial nada ia mudar", afirmou.

Para a atacante Cristiane, o jeito é levantar a cabeça: "agora é começar do zero. Buscar forças no fundo, trabalhar e buscar o ouro olímpico inédito".

As próximas competições do cronograma brasileiro são o Pan-Americano de Guadalajara, em outubro deste ano, e os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.

O Brasil deu adeus à Copa do Mundo feminina de futebol neste domingo. Após estar vencendo a partida até os acréscimos do segundo tempo da prorrogação, a Seleção cedeu o empate, por 2 a 2, e perdeu na decisão dos pênaltis para os Estados Unidos: 5 a 3. Com o triunfo, as americanas disputarão uma vaga na grande final da competição contra a França
O Brasil deu adeus à Copa do Mundo feminina de futebol neste domingo. Após estar vencendo a partida até os acréscimos do segundo tempo da prorrogação, a Seleção cedeu o empate, por 2 a 2, e perdeu na decisão dos pênaltis para os Estados Unidos: 5 a 3. Com o triunfo, as americanas disputarão uma vaga na grande final da competição contra a França
Foto: AP
Fonte: Especial para Terra
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