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Em meio à crise financeira, Paulista pode ser rebaixado por atraso de salários

24 abr 2013 - 14h22
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Por conta de atraso no pagamento nos salários dos atletas, o Paulista corre o risco de ser rebaixado no Campeonato Paulista, mesmo tendo fechado a 19ª rodada do torneio na 13ª colocação, com 20 pontos. A informação foi publicada nesta quarta-feira pelo "Jornal Agora".

Um grupo de jogadores foi ao Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo denunciar o fato na tarde da última terça-feira. Na sequência, a entidade encaminhou a denúncia à Federação Paulista de Futebol. Cabe, agora, ao Tribunal de Justiça Desportiva da FPF delimitar um prazo para o pagamento da dívida e, consequentemente, a punição da equipe no Estadual.

De acordo com o artigo 21 do regulamento do Paulistão, um clube que atrasa salários está sujeito a perder três pontos por partida disputada após a notificação do TJD e o não cumprimento do pagamento. Como a primeira fase do campeonato já se encerrou, a pena ao time de Jundiaí seria de três pontos, suficiente para que o Galo da Japi fosse rebaixado - cairia para 17 pontos e, portanto, ficaria na 17ª colocação, livrando o Mirassol, 18º colocado com 18 pontos, do descenso.

Confira nota oficial do clube a respeito do caso:

"Nunca foi segredo que desde o inicio da atual gestão o Paulista FC vem sofrendo com uma grave crise financeira advinda dos últimos 15 anos. Dívidas de toda ordem: Trabalhista, cível, tributária, bancária e pendências com a recente parceria.

Faz 3 anos que esta diretoria esta lutando para sanear o clube. As dificuldades são imensas: bloqueios de contas, penhora da cota da FPF, penhora de renda de jogos, etc. Desta luta muitos resultados já foram obtidos: Condomínio de Credores junto a Justiça do Trabalho de Jundiaí, com a gestão de quase 4 milhões de 92 reclamatórias em parcelamento de 5 anos. Desta ação, já em 2013 foi repassado 1 milhão para abatimento deste montante. Também, de forma simultânea outras ações no sentido de sanear o clube estão ocorrendo: Parcelamento de dividas e negociação de prazos para pagamento nas esferas cíveis, tributárias e bancárias.

Pela terceira vez consecutiva, desde 2011, fizemos um Campeonato Paulista sem o dinheiro da cota da Federação. Pelas atuais dívidas, esses recursos foram parar nas mãos de nossos credores. Com muita dificuldade, neste período, conseguimos sobreviver a esta difícil competição. Mas, mesmo com muita luta, com um intenso trabalho de Marketing, com a participação e ajuda de empresas da região e ajuda da Prefeitura Municipal de Jundiaí, não conseguimos honrar totalmente com a questão salarial dos atletas durante a competição. Estamos sim com atrasos. Salários que venceram em abril e um percentual do que venceu no mês de março. Estamos devendo por necessidade e não por atitude ou vontade. Essa diretoria jamais deixou de lutar e buscar recursos para sanear o clube. Quem acompanha nosso dia a dia sabe disso.

Na última rodada do Campeonato em São Caetano, após o Paulista ter vencido e escapado de qualquer possibilidade de rebaixamento, tanto o presidente quanto alguns diretores foram individualmente em cada jogador. Foram feitos agradecimentos juntamente com a promessa de uma rápida resolução da questão salarial atrasada, uma vez que os jogadores haviam cumprido com a missão do não descenso. Ontem terça-feira, dia 23, na reapresentação na parte da tarde, houve uma reunião entre atletas e comissão e ficou definido que a partir de hoje, dia 24, começariam a ser resolvidas as pendências salariais, via acordo e parcelamentos. No final da noite fomos surpreendidos, via imprensa, sobre a denúncia dos atletas no sindicado. A denúncia já havia sido feita na segunda feira, dia 22.

Diante deste fato, a diretoria, que já estava se mobilizando, continuará a fazê-lo, e incessantemente buscará por recursos para quitar os débitos com atletas. Cumpriremos os prazos e determinações estabelecidas pelo regulamento da competição junto a FPF.

Temos plena consciência de que estamos “errados” em não honrar os compromissos salariais. Isso é nossa obrigação, mas se não o fizemos foi por força maior.

Neste sentido, gostaríamos de firmar um compromisso com o torcedor do Galo. Não deixaremos esse fato interferir nos resultados obtidos dentro campo. Mantivemos-nos da A1, e nela permaneceremos. Lutaremos até o fim para resolver esses problemas e continuaremos a trabalhar incansavelmente para que nosso Galo volte a ter dias melhores."

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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