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Em ritmo de início de temporada, arbitragem é testada em Goiânia

19 fev 2013 - 22h21
(atualizado às 22h22)
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Seneme foi reprovado recentemente em testes físicos e ficou fora da Copa do Mundo
Seneme foi reprovado recentemente em testes físicos e ficou fora da Copa do Mundo
Foto: João Paulo di Medeiros / MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra

Uma comissão da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (ENAF) da Confederação Brasileira de Futebol está em Goiânia onde realiza curso e avaliações para os árbitros da elite nacional. Os principais nomes do apito brasileiro participam de avaliações físicas, teóricas e psicológicas para aperfeiçoamento do quadro nacional de arbitragem.

Ao todo são 40 membros participando das atividades entre árbitros e árbitros-assistentes pertencentes ao quadro FIFA, aspirantes à FIFA, do quadro especial e alguns nomes promissores que entraram nas vagas de árbitros desses quadros que estão ausentes por motivo de escala na Taça Libertadores.

Esta é a primeira vez que esse curso é realizado fora do eixo Rio-São Paulo como explicou o presidente da Comissão de Arbitragem, Aristeu Tavares. “A vontade foi de realmente tirar do eixo Rio-São Paulo onde a coisa sempre ocorre ali, a gente precisa andar pelo Brasil para mostrar para todos os segmentos que fazemos um trabalho e que o árbitro tem um acompanhamento, um tratamento e um apoio para exercer suas funções mesmo não sendo um profissional regulamentado”, frisou.

O experiente árbitro Héber Roberto Lopes (FIFA/SC) acredita que a escolha de Goiânia foi definida por motivos climáticos também. Os testes físicos foram realizados sob intenso calor e para Héber isso seria um elemento a mais para provar as condições dos árbitros e assistentes.

“É um pouquinho mais quente que a normalidade, eu acredito que a CBF escolheu Goiânia justamente porque durante o Campeonato Brasileiro trabalhamos em regiões frias e quentes, então já escolheram já a quente para ver como foi o Natal e o Reveillón da galera, saber se está todo mundo em condições”, salientou.

Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF aprovou recurso tecnológico
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Foto: João Paulo Di Medeiros / MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra

O discurso foi uniforme quando o assunto foi a importância da realização destas avaliações, tanto as físicas como as teóricas. Aristeu Tavares lembrou que os árbitros precisam levar jornadas duplas na maioria dos casos e que o esforço para a manutenção da forma física é enorme. Além disso, o presidente deixou claro que os testes que estão sendo realizados definem se os árbitros podem exercer a função.

“Eles dão duro em sua profissão em si, já que a arbitragem não é uma profissão ainda e esperamos que seja, bem como também como árbitros, então é uma dupla jornada. O teste é extremamente rigoroso, um teste duro e os que estão no quadro FIFA têm uma missão mais dura ainda. As avaliações também servem para habilitar o árbitro a apitar, em caso de reprovação não poderá apitar enquanto não tiver êxito em outros testes”, salientou Aristeu Tavares.

Wilson Luiz Seneme explicou que nos últimos anos os testes ficaram mais exigentes e que como os jogadores passaram a percorrer distâncias maiores durante as partidas, isso também ocorreu com os árbitros. “Depois de 2006 os testes físicos mudaram, ficaram mais difíceis para nós. Nós não somos profissionais e cada um tem que em seu canto buscar o melhor recurso para estar preparado. Eu já tive problema com testes, com lesões, o árbitro tem que ser persistente. Hoje em dia, cada vez mais sendo tratados como atletas e problemas acontecem”, frisou.

Início de temporada

Se jogador de futebol reclama da carga de trabalhos físicos no período de pré-temporada, não é diferente com os donos do apito. Após o período de inatividade de futebol e das férias de fim de ano, é recorrente as reclamações quando os treinamentos reiniciam.

Seneme explicou que sente essa dificuldade e apontou o desgaste de uma temporada cheia como os motivos de algumas lesões, assim como acontece com os atletas. Um exemplo recente foi o do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, que teve que ser substituído na partida do último domingo entre Ponte Preta e Santos.

“Depois de uma ano com muito esforço a gente termina bastante fadigado e quando você retorna está sujeito a lesões e tem que fazer um trabalho bem forte para evitar qualquer tipo de lesão”, explicou.

Héber Roberto Lopes não foi testado fisicamente em Goiânia, pois passou recentemente por testes que lhe dão o direito de seguir apitando. O árbitro afirmou que até mesmo durante suas férias no litoral participou de uma avaliação física.

“Eu fiz um teste no dia 23 de dezembro quando estava de férias em Natal, no Rio Grande do Norte, depois no dia 6 de janeiro passei por outro em Mendoza na Argentina, estamos sempre passando por isso e esses testes acabam se tornando parte do nosso trabalho”, ressaltou.

Fonte: Terra
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