Em turbulência, Flu vive dia de muitos desabafos e declarações
Crise instaurada, ameaça de demissão do treinador, protestos da torcida no aeroporto, respostas dos jogadores ameaçando até mesmo não entrar em campo contra o Sport, ideia esta que, ao menos, já foi demovida. É um estresse enorme e a consequente necessidade de desabafar. Contexto que fez o Fluminense ontem virar praticamente um divã. Representantes de todos os setores do clube se manifestaram. Até mesmo quem não está mais lá.
Jogamos com medo. Sabemos que se perdêssemos seria difícil no aeroporto. Quer cobrar, vai cobrar no campo. Mas violência é totalmente errada. Teve até torcedor do Palmeiras que foi morto. Isso não pode acontecer desabafou um aterrorizado Walter.
Quase todas as declarações foram dramáticas e em certo ponto, exageradas. Devem servir para revelar o alto grau de tensão presente. Prova disso é que mesmo ciente da dinâmica do futebol brasileiro, o vice de futebol garantiu que Cristovão permanecerá no longo prazo.
Cristovão continuará sendo técnico do Fluminense até o fim do campeonato disse Mário Bittencourt de maneira enfática.
Mais ponderado, como de costume, o próprio treinador admite que seguir trabalhando para o Fluminense depende das circunstâncias. Ele também aproveitou para analisar o cenário caótico:
Continuo me sentindo à vontade, mas sei como as coisas funcionam. Se os resultados não acontecerem, o treinador sai. Mas é esta pressão pelo resultado que me importa. Trabalhamos e buscaremos retornar ao caminho das vitórias.
Por fim, ex-assessor de Peter Siemsen, Jackson Vasconcelos, que, por sinal, ainda aconselha o presidente, também decidiu se manifestar e, via Twitter, alfinetou Fred, jogador que, para ele, estaria se colocando como vítima:
O que Fred quer? Ótimo salário, boa vida, não jogar, ser homenageado e não ser cobrado.
A psicologia tricolor está em ponto de ebulição.