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Embalado, Brasil encara um Uruguai disposto a estragar a festa

25 jun 2013 - 15h43
(atualizado às 15h59)
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A seleção brasileira, que terminou a primeira fase da Copa das Confederações com 100% de aproveitamento, decidirá nesta quarta-feira no Mineirão uma vaga na final com o Uruguai, que está acostumado a estragar a festa de anfitriões em competições oficiais.

Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, a 'Celeste' eliminou a equipe da casa na primeira rodada antes de derrotar nas quartas de final a seleção de Gana, última representante do continente. Acabou perdendo para a Holanda nas semifinais e terminando no quarto lugar da competição.

No ano seguinte, na Copa América disputada na Argentina, derrotou os argentinos nos pênaltis nas quartas de final antes de conquistar o título que lhe garantiu a vaga nesta Copa das Confederações.

Na memória do torcedor brasileiro, o que ficou marcado foi o famoso 'Maracanazo', a derrota por 2 a 1 para os uruguaios na final da Copa de 1950.

É difícil encontrar um brasileiro que não tenha pelo menos ouvido alguma história ligada à traumática derrota ocorrida 63 anos atrás, em um episódio lembrado até hoje como a maior mancha da história do futebol do país.

Por isso, um triunfo sobre os uruguaios tem sempre um gosto especial de vingança, por mais que a Copa das Confederações seja uma competição menos importante. O que interessa mais a Luiz Felipe Scolari e a seus comandados é confirmar a evolução recente da seleção brasileira com boas atuações, dando indícios de que a equipe pode estar no caminho certo rumo à Copa do Mundo de 2014 após meses desacreditada, depois do fracasso na Copa do Mundo de 2010.

Um 'Mineirazo' não colocaria todo o trabalho de Felipão a perder, mas representaria um grande baque para jogadores em busca de confiança.

No último amistoso disputado antes da Copa das Confederações, o Brasil espantou outro fantasma ao derrotar por 3 a 0 em Porto Alegre outro 'carrasco' histórico, a França, acabando de quebra com um jejum de mais de três anos e meio sem vencer um adversário de peso.

Em seguida, mostrou um bom futebol nas vitórias sobre Japão (3-0), México (2-1) e Itália (4-2) para garantir a primeiro lugar do grupo A, com atuações de gala de Neymar, que calou os críticos que duvidavam da sua capacidade de repetir com a camisa 10 amarela o desempenho que teve com o Santos.

Para a partida, Felipão deve voltar a escalar a equipe titular dos dois primeiros jogos, com a volta de Paulinho, que deve retomar sua posição no lugar de Hernanes.

Já os uruguaios tiveram um caminho mais conturbado. Depois da derrota por 2 a 1 para a atual campeã mundial Espanha na estreia, tiveram que se empenhar para derrotar a Nigéria pelo mesmo placar, antes da goleada sobre o Taiti por 8 a 0 com o time reserva.

Sem ter atuações brilhantes, a 'Celeste' mostrou que pode contar com seu trio ofensivo formando por Diego Forlán, Edinson Cavani e Luis Suárez.

No gol da vitória sobre os nigerianos, os três tiveram participação decisiva. Suárez puxou o contra-ataque, tocou para Cavani, que rolou para Forlán balançar as redes com um lindo disparo no ângulo.

"São três atacantes perigosos que podem decidir uma partida num piscar de olhos", avisou o goleiro Júlio César.

Mesmo guardando em mente a façanha dos seus antecessores na Copa de 1950, os uruguaios têm o Brasil "engasgado" nos últimos anos.

"Acho que Brasil e Uruguai é um clássico sul-americano, até pior do que Brasil e Argentina. Eles ganharam a última Copa América e estão confiantes para este confronto, mas estão com o Brasil engasgado pelos últimos confrontos. Sabem que vão ter uma Seleção que se encontrou e que vai ser um jogo muito difícil, e esperamos que dê Brasil novamente", acrescentou Júlio César.

De fato, a seleção brasileira não perde para a 'Celeste' desde 2002, na partida que marcou justamente a estreia de Felipão, na sua primeira passagem no comando da equipe.

No total, foram 70 confrontos entre as duas equipes, com 32 vitórias brasileiras, 19 empates e 19 derrotas.

Brasil: Julio César - Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo - Luiz Gustavo, Paulinho - Hulk, Oscar, Neymar - Fred. T: Luiz Felipe Scolari.

Uruguai: Fernando Muslera - Maxi Pereira, Diego Lugano, Diego Godín, Martín Cáceres - Alvaro González, Egidio Arévalo Ríos, Cristian Rodríguez - Diego Forlán - Edinson Cavani e Luis Suárez. T: Oscar Tabárez.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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