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Escândalo pode abalar Congresso da Fifa que elege presidente nesta sexta

27 mai 2015 - 11h12
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A prisão de sete cartolas ligados à Fifa deve abalar o Congresso desta sexta-feira, quando representantes de todas as federações associadas votam eleição presidencial. Estourando dois dias antes do evento, o escândalo deve ter consequências diretas no pleito que pode reeleger Joseph Blatter.

Confirmados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, entre os envolvidos estão José Maria Marin, vice-presidente da CBF; Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica; Costas Takkas, da Concacaf; Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol; e Rafael Esquivel, presidente da Federação da Venezuela e integrante da Conmebol.

Todos estão alinhados com os mandatos de Blatter, mas as prisões que mais podem influenciar na eleição presidencial são as de Jeffrey Webb, que além presidente da Concacaf é vice-presidente da Fifa; e Julio Rocha, agente de desenvolvimento da entidade. As detenções foram feitas nesta semana porque todos os citados acima estavam em hotel em Zurique, capital da Suíça, exatamente para participar da reunião.

A crise dos bastidores movimenta a oposição de Blatter, que espera ter maior apoio no Congresso desta semana. "Claramente as coisas estão mudando muito rapidamente", entende Greg Dyke, presidente da Football Association, da Inglaterra. "Nossa delegação que irá a Zurique discutirá a posição que devemos ter sobre isso com nossos colegas da Uefa", completa um dos cartolas que deve apoiar o Príncipe Ali, jordaniano que tenta destronar Blatter do cargo máximo do futebol mundial.

Mesmo neste contexto a Fifa não se mostra tão preocupada com possíveis respingos. "O que aconteceu é bom para a Fifa. Não em termos de imagem, mas para fazer uma limpeza", aposta Walter Gregório, porta-voz da entidade máxima do futebol. "A Fifa é na verdade uma vítima, é a parte prejudicada neste processo. Somos a parte que sofre as consequências", discursa.

A eleição presidencial desta sexta-feira opõe Joseph Blatter ao príncipe Ali bin al-Hussein, único candidato da oposição. O atual mandatário mantém o cargo desde 1998 e até o escândalo desta quarta era amplo favorito à mais uma reeleição.

Uefa se reúne nesta tarde - As detenções fizeram Michel Platini, presidente da Uefa, convocar reunião extraordinária. O encontro de dirigentes ligados à Uefa deve acontecer nas próximas horas para definir o posicionamento da instiuição europeia frente ao caso. A tendência é que Platini, desafeto de Blatter, solte comunicado oficial ainda nesta sexta-feira.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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