Esposa de TN e CBF indicam remédio sem receitação médica
Aos poucos, vai ficando claro que, ao sentir-se mal no dia 3 de fevereiro, Thiago Neves não procurou um médico e tomou, por conta própria, um antialérgico que continha corticóide. Foi o que indicou ontem a esposa do jogador, Marcela Di Biase, via Twitter, e a CBF, por meio de Fernando Solera, presidente da Comissão de Controle de Doping da CBF.
Revoltada com as críticas que o jogador vinha recebendo de torcedores pelo doping, Marcela desabafou no Twitter e revelou que o camisa 10 resolveu tomar o remédio porque estava desesperado com a sinusite e com medo de desfalcar o Tricolor nos jogos que viriam.
Só para esclarecer, alguém realmente acredita que o Thiago ficou fora porque quis? Ele tomou remédio sem prescrição sim, mas porque se sentiu mal de madrugada e no desespero de ficar bom logo e poder voltar a jogar postou.
A versão anterior, oficial do clube, que dava conta de que o jogador havia procurado médico particular ao sentir-se mal, também caiu quando Fernando Solera confirmou que nenhum receituário foi anexado na Autorização de Utilização Terapêutica (AUT) na qual consta o remédio usado, a dose e a data em que foi ingerido.
Não recebi nenhum receituário médico ou nome de profissional. O próprio Sérgio Galvão (vice-presidente médico do Flu) me passou que foi automedicação explicou.
Ao desembarcar da Venezuela, no Galeão, ontem pela manhã, Thiago Neves evitou contato com a imprensa (veja mais abaixo), mas revelou que estava chateado com toda a situação na qual se envolveu.
Fiquei muito triste, queria muito jogar. Qualquer um quer jogar, ainda mais uma partida de Libertadores disse.
Thiago, fora do jogo amanhã pelo mesmo motivo, poderá ser escalado apenas na quarta. Se Abel quiser.
CBF NEGA GARANTIA VERBAL
O Fluminense contou com uma garantia verbal da CBF para levar Thiago Neves à Venezuela. Fato este que foi negado por Fernando Solera, presidente da Comissão de Doping da CBF.
Não existe esse tipo de prerrogativa, de dar uma garantia verbal. Não houve isso. Estamos lidando com uma coisa muito importante. Tem que ser tudo documentado. O único e-mail que recebi foi ontem, do Sérgio (Galvão - vice-médico do Fluminense). O teor era amistoso, reconhecendo que estamos tentando resolver. Fora isso, nada disse Solera.
O Fluminense segue garantindo que fez tudo que estava ao seu alcance.
Nós levamos o Thiago porque tínhamos essa garantia. Se não fosse isso, por que ele taria viajado? Agora é esperar tudo se resolver. Não há mais o que fazer afirmou Rodrigo Caetano, diretor executivo do Flu.
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