Demitido no Fla, Adílio diz ser patrimônio do clube
Afastado do cargo de treinador dos juniores do Flamengo em dezembro, Adílio se diz tranqüilo, mas faz questão de reforçar a história que construiu dentro da Gávea. Terceiro jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra, ele também colecionou títulos em sua passagem pelas categorias de base flamenguistas.
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"Todos sabem o saldo de títulos do meu trabalho. Não tenho mágoa com o clube, jamais. Mas é preciso que entendam que sempre fui uma pessoa respeitada. Cheguei aos seis anos de idade e virei um patrimônio do clube. Tenho 24 títulos em 24 anos de Flamengo", destacou Adílio.
Em quatro anos com os juniores, Adílio foi tricampeão estadual, bicampeão do Torneio Otávio Pinto Guimarães - disputado no Rio de Janeiro, além de ter vencido a Taça Belo Horizonte em 2007. Mesmo assim, teve seu trabalho criticado por ter perdido, em 2008, o título carioca para o Fluminense.
Na reta final do Campeonato Brasileiro, porém, o presidente flamenguista Márcio Braga disse sentir falta de jogadores formados na Gávea entre os titulares. Apenas Ibson, capitão da equipe, preenchia esse requisito.
Kléber Leite, vice-presidente de futebol do Flamengo, afirma que o trabalho de formação do clube nunca foi tão bem feito. "Um terço de nosso elenco é composto por jogadores feitos em casa, não importa se são titulares ou não. Acontece que a direção de cuida das categorias de base entende que o Rogério Lourenço é infinitamente melhor que o Adílio", explicou.
Rogério Lourenço, que dirigia os juvenis e está com a Seleção Brasileira Sub-20 no Sul-Americano da categoria, volta da Venezuela e imediatamente assume os juniores. "O Rogério é o melhor treinador das divisões de base e naturalmente precisa estar na divisão mais alta. Tanto que ele é da Seleção e o Adílio não", disse Kléber Leite.
Questionado sobre Rogério Lourenço, o ex-treinador Adílio preferiu não opinar. "Só posso falar quando ele assumir. No mais, não quero analisar nada", completou.
