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Felipão, Figueroa, Falcão e protagonistas falam do Gre-Nal

8 fev 2009 - 08h31
(atualizado às 10h49)
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Em 100 anos de Gre-Nais, há muitas histórias a serem contadas. Reconhecido por sua unidade, o Rio Grande do Sul não é dividido em dois em muitos outros momentos. Tratados como um evento à parte, os clássicos têm número - o deste domingo, em Erechim, será o 374 -, e uma atmosfera bastante particular.

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Luiz Felipe Scolari, Elias Figueroa, Falcão, Renato Gaúcho, Danrlei e Christian são alguns dos protagonistas mais marcantes na história do clássico. Com exclusividade, todos falaram ao Terra sobre o que já viveram de mais marcante nos Gre-Nais.

Luiz Felipe Scolari, treinador do Grêmio em 1987 e entre 1993 e 1996

"É um dos maiores clássicos do mundo e é muito diferente de qualquer outro jogo. Naturalmente sempre há a idéia de que jogo vale três pontos e que você deve ganhar, mas o Gre-Nal faz uma diferença psicológica para o resto do campeonato. A equipe que vence tem a vantagem moral por muito tempo".

"O trabalho físico e técnico não muda muito para um treinador, você apenas aprimora alguma jogada, algo a ser executado em relação a dificuldades que o adversário possa impor. Já a parte psicológica é bem importante e você precisa trabalhar durante a semana, para que a equipe se apresente nas melhores condições e mentalmente preparada para qualquer situação que enfrente dentro do jogo".

Falcão, meio-campista do Internacional entre 1972 e 1980

"A diferença do Gre-Nal é a maneira com que a imprensa trata e com que os torcedores encaram. E isso obviamente muda o clima. Na década de 70, éramos mais fortes que o Grêmio, mas equilibrava sempre, era disputado, mesmo com essa diferença técnica".

"Lazio e Roma, que também joguei, tem uma rivalidade enorme. Mas o estádio fica sempre dividido, não é como o Gre-Nal, em que é dominado por uma torcida. Mas tem a mesma tensão, a mesma disputa".

Renato Gaúcho, atacante do Grêmio entre 1982 e 1986

"Por serem só dois times no Rio Grande do Sul, a rivalidade é maior, e vencendo ou perdendo, é sempre marcante para o jogador".

"Comparar com o clássico de Minas é diferente, pois a torcida do Cruzeiro é mais calma. E as de Inter e Grêmio são mais agitadas".

Elias Figueroa, zagueiro do Internacional entre 1972 e 1976

"Se me perguntam se Gre-Nal é questão de vida ou morte, digo que não. É muito mais que isso (risos). Quando cheguei ao Inter, ria dessa rivalidade, pois ainda não sentia. Sempre respeitei muito o Grêmio, sua torcida, é um grande time, mas meu coração é colorado. Era uma fase melhor do Inter (nos anos 70), mas eles sempre tiveram times bons também. Só perdi um Gre-Nal, que foi amistoso, e todas as vitórias são maravilhosas".

"Não só os jogadores, mas aonde você vá, todos estão vivendo, falando, respirando o Gre-Nal. Você vive aquilo em toda a semana, está sempre ao seu redor. Para mim, jogá-lo era mais motivador que qualquer outro jogo. Disputei Peñarol e Nacional, Colo-Colo e Universidad do Chile, mas a rivalidade não é tanta".

Christian, atacante do Internacional em 1992, entre 96 e 99, 2007, e do Grêmio entre 2003 e 2004

"Posso falar bem disso, pois sou gaúcho e sempre vivi isso desde a categoria de base. É bem diferente dos outros clássicos e tive o prazer de jogar pelos dois. Daqui a uns bons anos, quando parar de jogar, certamente vou acompanhar todos os Gre-Nais".

"Sem ser bairrista, mas embora todo clássico seja importante, tenho certeza que todos que participam de um Gre-Nal sentem mais que um cara do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Só não comparo com Fenerbahce e Galatasaray, que é uma coisa diferente, mais pesada e há muita violência".

"Poucos puderam ser protagonistas pelos dois clubes, é uma das coisas mais bonitas da minha vida. É um privilégio, você vê: faz mais de 12 anos e ainda sou lembrado por causa disso. Fica na história, é gratificante, é muito difícil lembrarem dessas coisas no Brasil. Me criei dentro do Beira-Rio, cheguei ao profissional do Inter e devo muito a eles. Mas sem querer ficar em cima do muro, também sou muito grato ao Grêmio pela oportunidade que me deram. Vivi bons momentos no Olímpico".

Danrlei, goleiro do Grêmio entre 1993 e 2003

"Não adianta você ser melhor no Gre-Nal. Se tu não correr, não suar, não botar o coração, não adianta. É muita luta o tempo todo. O treinador não precisa fazer nada para os jogadores se empolgarem, vem tudo naturalmente".

"Nos anos 90, o Grêmio estava melhor, mas isso não valia para o Gre-Nal. Normalmente, o time que estava pior, vencia. Ainda não vi rivalidade maior. E já joguei Cruzeiro e Atlético, mas não achei a mesma coisa".

Fonte: Especial para Terra
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